Athias, Marck Anahory

Funchal, 11 Dezembro 1875 — Lisboa, 30 Setembro 1946

Palavras-chave: “Geração de 1911”, escola de investigação, fisiologia, histofisiologia e histopatologia, cancro, Sociedade Portuguesa de Ciências Naturais, Sociedade Portuguesa de Biologia.

DOI: https://doi.org/10.58277/XRDX5586

Marck Anahory Athias nasceu numa família de origem judaica que se fixou na Madeira no século XIX. O pai, Abrahão Athias, era director de um estabelecimento bancário no Funchal; sua mãe, Deborah Anahory Athias, era doméstica. Fez os estudos secundários na Madeira e cedo manifestou interesse pelas Ciências Naturais, por influência de um dos seus professores. Aos dezasseis anos persuadiu o seu pai a deixá-lo frequentar o curso de medicina, em Paris. Os anos que passou na faculdade permitiram-lhe privar com histologistas e fisiologistas de renome internacional, entre os quais se contava Mathias Duval, discípulo de Santiago Ramón Y Cajal, Prémio Nobel da Medicina e Fisiologia de 1906, que muito influenciou a sua carreira como médico-cientista. Concluiu o curso de medicina, em 1897, com uma tese intitulada Histogènese du Cortex Cérébelleux, que lhe valeu a atribuição da medalha comemorativa da Faculdade de Medicina de Paris e as palmas académicas (Officier de L’Instruction Publique), do Ministério da Educação francês. 

Ao terminar o curso teria preferido continuar no laboratório de Duval, mas não ganhou o concurso. O lugar foi ocupado por outro discípulo, de nacionalidade francesa, o que condicionou o seu regresso ao Funchal, no mesmo ano. Após a morte do pai e insatisfeito com a ideia de exercer clínica na Madeira, veio para Lisboa, na expectativa de dar continuidade à sua carreira científica, já que regressar a França não se lhe afigurava viável devido ao caso Dreyfus (1894) e à onda de antissemitismo que então se gerou. 

Vivia na Rua de S. Bento. Foi apresentado por Xavier da Costa, histologista no Instituto Oftalmológico Gama Pinto, a Miguel Bombarda, que o convidou para trabalhar num pequeno laboratório de histologia, que instalou no Hospital de Rilhafoles, destinado ao ensino e à investigação desta disciplina. Aí acorreram Carlos França, Azevedo Neves, Pinto de Magalhães, Aníbal de Castro, Borges de Sousa, Oliveira Soares e António Barbosa, a que se associaram depois, no curso de 1901, Costa Santos, Manchego, Santiago, Arbuès Moreira e Augusto Celestino da Costa, interessados no conhecimento das novas técnicas histológicas, que Athias dominava. Ao mesmo tempo assumiu a direção de um laboratório médico privado de análises clínicas e preparação de soros, do Instituto Pasteur de Lisboa, propriedade de Virgílio Leitão. Em 1903, tornou-se preparador de histologia e fisiologia na Escola Médico-Cirúrgica de Lisboa, onde elaborou a apresentação da nova dissertação inaugural, “Anatomia da célula nervosa”, para obter equivalência na Universidade portuguesa.

Por dificuldades financeiras, o laboratório de Rilhafoles encerrou e, em 1905, Athias entrou para o quadro do Instituto Bacteriológico Câmara Pestana, dirigido por Annibal Bettencourt, como médico-auxiliar, responsável pelo serviço da raiva.

Athias colaborou ativamente na elaboração do projecto da nova escola, a Escola Médico-cirúrgica de Lisboa, no Campo de Santana, que seria inaugurada em 1906, para acolher também o XV Congresso Internacional de Medicina, organizado por Miguel Bombarda. A este evento Athias apresentou vários trabalhos de investigação que lhe deram visibilidade para a criação, em 1907, da primeira sociedade científica especializada em ciências biológicas (entenda-se experimentais), a Sociedade Portuguesa de Ciências Naturais (SPCN). A Sociedade foi fundada a 8 de Janeiro de 1907 com sede no Instituto Bacteriológico Câmara Pestana, sendo Fernando Mattoso Santos seu presidente e Athias, 1º secretário. Nesta qualidade organizava as sessões, tratava da correspondência e publicava o Boletim e as Memórias da Sociedade, em francês, dando assim cumprimento às disposições estatutárias que não só incluíam a criação da Estação de Biologia Marítima, que tinha um programa bem mais ambicioso: o de  “cultivar e desenvolver o estudo das Ciências Naturais e publicar trabalhos relativos a estas ciências, assim como patrocinar outras organizações que, junto dela se organizassem com os mesmos objectivos”, como indica Toscano Rico. A esta sociedade seguiu-se a Sociedade Portuguesa de Biologia fundada em 1920, com Augusto Celestino da Costa e Abel Salazar, que viveu vários anos sob o patrocínio da SPCN e da Société de Biologie de Paris, abrindo assim caminho à divulgação da investigação médica portuguesa.

Em 1909, por intervenção de Miguel Bombarda, foi designado pelo governo para visitar, durante três meses, alguns laboratórios e fábricas de equipamento laboratorial no estrangeiro, juntamente com Pinto de Magalhães, com a missão de equipar os laboratórios e as bibliotecas, na Faculdade de Medicina. A 9 de Novembro de 1910 Marck Athias substituiu Miguel Bombarda na cátedra de fisiologia, para a qual foi nomeado com dispensa de provas públicas, e um ano depois, instalou o Instituto de Fisiologia na faculdade. Em 1919, foi nomeado Professor de histologia e fisiologia e diretor da biblioteca da Faculdade. Casou no mesmo ano com Judite Brou, filha de Aníbal Brou, um colega seu que vivia no Porto. Deste casamento nasceram duas filhas.

Em 1923, António Sérgio criou o Instituto Português para o Estudo do Cancro, que funcionou provisoriamente na Iª Clínica Cirúrgica de Francisco Gentil e no Instituto de Fisiologia de Athias, na Faculdade de Medicina. Após a sua inauguração em 1927, como Instituto Português de Oncologia (IPO), os laboratórios de investigação foram confiados a Athias, e de forma particular, a secção de patologia experimental e de histofisiologia. O seu primeiro trabalho sobre o cancro foi apresentado em 1907, na Sociedade de Ciências Médicas, mas apenas após a responsabilidade que assumiu na direção da investigação do IPO, se dedicou inteiramente a esta problemática. 

Nos primeiros anos da ditadura militar instaurada em 1926, foi membro da Junta de Educação Nacional, tendo sido seu presidente em 1931.

No ano seguinte, foi convidado por Ferreira de Mira para trabalhar consigo no laboratório de fisiologia, do Instituto de Investigação Científica Bento da Rocha Cabral (IRC), passando assim a integrar o quadro dos investigadores deste instituto privado de investigação. Aqui permaneceu até 1943, tendo realizado os primeiros estudos sobre a histofisiologia das glândulas endócrinas, que abririam caminho à endocrinologia, na década de 50. 

Em 1933 foi nomeado professor do Instituto de Hidrologia, onde realizou ainda alguns estudos de águas termais portuguesas, com características medicinais. 

Em 1935 chegou à conclusão de que a sua missão de histologista na Faculdade de Medicina estava terminada e que não tinha condições para dar continuidade ao seu trabalho. Para além de orientar alguns trabalhos de investigação, dava apenas aulas, fazia os exames, comparecia aos conselhos e participava nos concursos. Até 1944, continuou a ocupar-se da redação e revisão das publicações das sociedades científicas de que era secretário. Controlou as suas atividades editoriais cujo objetivo visava, por um lado, difundir a sua produção científica, por outro, controlar a produção científica nacional nas áreas de influência da escola. Foi precisamente através destes canais de difusão do conhecimento que Marck Athias e a sua escola não só internacionalizaram a medicina portuguesa durante a primeira metade do séc. XX, como também criaram na comunidade científica local a necessidade de uma produção científica original e regular, orientada por padrões internacionais.

Nos últimos 15 anos da sua vida dedicou-se, quase exclusivamente, ao Instituto Português de Oncologia: teve uma participação ativa no estudo e instalação do instituto; dirigiu alguns trabalhos laboratoriais, colaborou na redação do Boletim do Instituto Português de Oncologia e na direção e redação do Arquivo de Patologia. Fez ainda outras publicações sob a forma de artigos relacionados com o cancro e contribuiu ativamente para a luta contra o cancro nas diversas funções do instituto. 

Em 1945, abandonou o cargo de secretário da Sociedade Portuguesa de Ciências Naturais, passando a ser sócio benemérito e manteve-se na Sociedade Portuguesa de Biologia até adoecer. No mesmo ano, ano em que atingiu o limite de idade, foi homenageado pela Faculdade de Medicina e pelo Instituto Português de Oncologia, tendo sido inaugurados um retrato e um busto seus, concebidos por Abel Salazar, seu colaborador e amigo. No ano seguinte, faleceu a sua esposa vítima de cancro e Athias, faleceria poucos meses depois, vítima da mesma doença.

Athias propôs-se criar uma dinâmica interna na comunidade científica portuguesa, servindo-se do seu próprio trabalho para abrir um precedente e estabelecer um padrão de produção científica regular, através do seu percurso individual. Interessava-lhe mais estabelecer uma rede de condições que permitissem sustentar a atividade da comunidade científica, através da criação das várias sociedades científicas e periódicos que fundou e secretariou. Por esse motivo não publicou um grande número de obras nem o fez no circuito internacional. Publicou 138 trabalhos originais: 9 biografias científicas (D. Carlos I, Miguel Bombarda, Fernando Mattoso Santos, A. Laveran, Santiago Ramón y Cajal, Albert Dustin, Max Askanazy, Henrique Parreira e Carlos França); 4 textos didáticos escritos para os alunos da Faculdade de Medicina (em colaboração com Ferreira de Mira e Joaquim Fontes), os guias dos trabalhos práticos de fisiologia, e os exercícios de química fisiológica (em colaboração com Joaquim Fontes); 35 artigos de divulgação, relatórios de viagens ao estrangeiro ou das instituições em que trabalhou ou dirigiu e, os restantes, são artigos científicos. Estes artigos distribuem-se pelas áreas segundo as quais orientou a sua escola de investigação ¾ a fisiologia, a histologia, a histofisiologia, a histopatologia e a química fisiológica.

No início do século XX, a investigação científica em Portugal no domínio médico restringia-se a aspetos da prática clínica. Foi com a criação das estruturas basilares do novo paradigma médico inaugurado pela “geração de 1911” que Marck Athias introduziu uma nova tradição científica na comunidade médica, ao mesmo tempo que influenciou vários discípulos e colaboradores, em diferentes instituições médicas de ensino e investigação. A escola que fundou e o impacto da sua influência intersecta os ideais de inspiração positivista com os quais a “geração de 1911” se identificava, e que permitiu a criação de um verdadeiro “esprit de corps” que atraiu várias gerações de discípulos e seguidores. A escola que Athias fundou teve continuidade pela mão dos seus discípulos e seguidores permitindo consolidar o novo paradigma experimental na medicina portuguesa da primeira metade do século XX.

***

Marck Anahory Athias exerceu clínica durante escassos meses, mas inaugurou, na primeira metade o século XX, um novo capítulo na história da medicina portuguesa e no panorama científico nacional. Elemento da “geração de 1911”, partilha dos ideais republicanos que conferem à investigação experimental e ao laboratório um estatuto privilegiado. Criticou o estilo livresco do ensino médico em Portugal, em defesa da investigação laboratorial. Esta nova perspetiva iria introduzir, alterações sem precedentes na comunidade médica portuguesa, tradicionalmente orientada apenas para a clínica, e far-se-ia sentir em dois planos: o da prática da investigação biomédica propriamente dita, e o da organização da investigação científica, no sentido da especialização e da profissionalização, o que virá a ter reflexos significativos no panorama científico nacional. 

Pela sua vivência em Paris, Athias estava consciente da importância de formar discípulos e de fazer escola, pelo que, logo que iniciou a sua atividade científica em Portugal, foi congregando em torno de si jovens interessados em prosseguir uma carreira científica. Estes, mais do que estudantes de investigação, foram efetivamente discípulos, já que sustentaram e deram continuidade à dinâmica da escola em vários planos. Recrutados maioritariamente na Faculdade de Medicina e unidos por um ideal comum de universidade e de investigação científica, constituíram um grupo coeso e com identidade própria, ficando indelevelmente ligados à “geração de 1911.”

A investigação da escola de Athias expandiu-se por vários laboratórios. O crescimento em espaço e em equipamento foi sendo gradualmente melhorado: no laboratório do Hospital de Rilhafoles (1897-1903) havia apenas uma sala relativamente pequena e deficientemente equipada; o da Escola Médico-Cirúrgica, (1903–1906) tinha melhores condições que o anterior, mas Athias considerava-o ainda desajustado à investigação; o do Instituto de Fisiologia (1911–1946) e dos laboratórios do Instituto Rocha Cabral estavam, desde o início, bem equipados para responder às necessidades da escola; finalmente o laboratório de patologia experimental do IPO (1933–1946), era de todos o que tinha as melhores condições. O financiamento da investigação realizada nestes laboratórios provinha do Estado, nomeadamente das verbas da Faculdade de Medicina, da Junta de Educação Nacional e do Instituto para a Alta Cultura, bem como de donativos particulares de somas consideráveis. 

O programa de investigação desenvolvido pela escola de Marck Athias iniciou-se pela histofisiologia nervosa, em 1897, área na qual Athias fizera as primeiras contribuições científicas em 1895, e prolongou-se até 1915. Esta área alargou-se para abranger a histofisiologia geral a partir de 1905 e diversificou-se para a fisiologia e a química fisiológica, a partir de 1911, e a histopatologia a partir de 1923. Os métodos e técnicas da histofisiologia, “migraram para novas áreas de ignorância” das quais se destaca endocrinologia. Na histologia do sistema nervoso, a escola centrou-se no estudo do desenvolvimento do neurónio e das infiltrações celulares no cérebro; no domínio da histofisiologia, procedeu ao estudo das glândulas endócrinas; na fisiologia dedicou-se à fisiologia muscular, glandular e de alguns órgãos como o rim e o coração; na química fisiológica, procurou encontrar uma explicação química para os fenómenos fisiológicos estudados no âmbito da fisiologia. O programa da escola de investigação de Athias operou duas mudanças importantes, na investigação biológica em Portugal: primeiro consolidou na investigação fisiológica portuguesa uma abordagem ao nível da célula e não somente ao nível do órgão; com a química fisiológica anunciou a transição do nível celular para o molecular, no âmbito da fisiologia. 

Em torno deste programa de investigação Athias deixou discípulos não só nas instituições em que liderou a investigação, como também noutras instituições de ensino e de investigação em Lisboa, no Porto, e em Coimbra. Athias promoveu um estilo próprio para a disseminação do seu próprio trabalho, criando vários periódicos, cujos artigos eram escritos maioritariamente em língua francesa, o que leva a supor que Athias estaria determinado a criar hábitos de publicação científica regular na comunidade científica portuguesa.

A escola de Marck Athias atravessou dois períodos históricos e políticos marcantes do séc. XX. Os ideais republicanos foram favoráveis ao desenvolvimento da ideologia e das práticas científicas com as quais a escola de Marck Athias se identificava e, portanto, os primeiros passos dados no âmbito da reforma dos estudos médicos com a criação da Universidade de Lisboa, em 1911, e da Junta de Educação Nacional, em 1929, foram fundamentais para os resultados desta escola. O Estado Novo, apesar de lhe ser desfavorável, não conseguiu, no entanto, travar de imediato a tradição que a escola inaugurara. A escola de Marck Athias converteu-se, no plano da investigação científica, numa referência durável até à segunda geração de discípulos e, no plano ideológico, numa referência da intelectualidade portuguesa que viveu os anos mais duros da ditadura.

Isabel Amaral

Arquivo

Lisboa, Coleção Marck Athias, Faculdade de Medicina

Obras

Athias, Marck. “Recherches sur l’histogénèse de l’écorce du cervelet.” Journal d’Anatomie 33 (1897): 372–373.

Athias, Marck. Anatomia da cellula nervosa. Dissertação Inaugural. Lisboa: Centro Tipografico Colonial, 1905.

Athias, Marck. “Introdução do método experimental e as suas principais aplicações às ciências médicas e biológicas em Portugal (Discurso)”. Actas do Congresso de História da Actividade Científica Portuguesa (1940): 465–491.

Athias, Marck. “La vacuolisation de la cellule nerveuse.” Anatomischer Anzeiger 28 (1905): 492–494. 

Athias, Marck. “Cytologia Geral do Cancro.” Jornal da Sociedade de Sciencias Médicas de Lisboa 72 (1908): 110–142.

Athias, Marck. “Études Hystologiques sur la Greffe Ovarienne.” In Libro en Honor de D. Santiago Ramón y Cajal, trabajos originales de sus admiradores e discipulos extranjeros y nacionales, 78–118. Madrid: Jiménez y Molina Impresores, 1922.

Athias, Marck. “Contribuição para o Estudo da Enervação dos Tumores.” Arquivo de Patologia 4 (1932): 138–161. [com Maria Teresa Furtado Dias].

Athias, Marck. “Le Cancer et la lutte anticancéreuse au Portugal”. Communications du IIe Congrés International de la lutte scientific et sociale contre le cancer, 519–525. Bruxelles: Marcel Hayez, 1936.

Athias, Marck. “Conception unitaire des paraganglions.” Comptes Rendus de la Société de Biologie de Paris 132 (1) (1940): 103–108.

Athias, Marck. Catálogo das obras da colecção portuguesa anteriores à fundação das Regias Escolas de Cirurgia. Lisboa: Faculdade de Medicina, 1942.

Athias, Marck. “O Ensino da Fisiologia na Régia Escola de Cirurgia e na Escola Médico Cirúrgica de Lisboa.” Clinica Contemporânea 1 (6) (1946): 333–341.

Bibliografia sobre o biografado

Celestino da Costa, Augusto. “Athias e a investigação científica.” Cadernos Científicos 3 (1) (1946): 249–262.

Celestino da Costa, Augusto. “A vida e obra Científica de Marck Athias.” Arquivo de Anatomia e Antropologia 26 (1948): 14–-227.

Rico, Toscano. “Mark Athias.” Arquivo de Patologia 21 (2) (1949): 117–140.

Dias, Maria Thereza Furtado. “Mark Athias.” Arquivo de Patologia 21 (2) (1949): 141–148.

Ferreira de Mira, Matias Boleto. “Athias e a Investigação Científica.” Clínica, Higiene e Hidrologia, 13, (1947), 269-270. 

Ferreira de Mira, “Athias e a Investigação Científica,” Clínica Higiene e Hidrologia, 13, (1947), 269-270.

Guimarães, J. A., “A Personalidade do Professor Marck Athias,” Clínica, Higiene e Hidrologia, 13 (1947), 266-273

Botelho, Luís da Silveira. “Marck Athias.” Revista Medicina 5 (1990): 69–71.

Amaral, Isabel. A Emergência da Bioquímica em Portugal: as escolas de investigação de Marck Athias e de Kurt Jacobsohn. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian-Fundação para a Ciência e a Tecnologia, 2006.

Amaral, Isabel. “The emergence of new scientific disciplines in Portuguese medicine: Marck Athias’s histophysiology research school, Lisbon (1897-1946).” Annals of Science 63 (1) (2006): 85–110.

Amaral, I. “The New Face of Portuguese Medicine: the generation of 1911 and the Research School of Marck Athias.” Acta Medica Portuguesa 24 (1) (2011): 165-162.

Amaral, Isabel. “Marck Athias e a ‘geração de 1911.’” Letras convida – Literatura, Cultura e Arte 3 (2011): 94–95.

Amaral, Isabel. Marck Anahory Athias (1875-1946). Instituto Camões. Versão digital em http://cvc.instituto-camoes.pt/ciencia/p41.html, consultado a 7 de julho de 2022.