Oom, Frederico Augusto

Lisboa, 4 dezembro 1830 – Lisboa, 25 julho 1890

Palavras Chave: Observatório Astronómico de Lisboa, astronomia estelar, hora legal.

DOI: https://doi.org/10.58277/TZBP3617

A vida e a carreira científica de Frederico Augusto Oom estão intimamente ligadas à fundação e organização do Observatório Astronómico de Lisboa (OAL).

Nascido no seio de uma família com raízes na Escandinávia, Oom seguiu um típico percurso militar de oficial da marinha de guerra. Em 9 de Dezembro de 1842 assentou praça como aspirante a guarda-marinha. Dois anos depois matriculou-se na Escola Politécnica, onde completou o curso preparatório de Marinha em 1848. No ano seguinte, completou o curso da Escola Naval, sendo promovido a guarda-marinha em 23 de Outubro de 1849. Esteve embarcado nos anos seguintes, visitando o Brasil, Macau, e territórios portugueses em África. Em 14 de Novembro de 1851, foi promovido a 2º tenente graduado, passando a efetivo a 6 de Setembro de 1852. Em 1853, regressou à Escola Politécnica, concluindo o curso geral em 1856. O geodeta e coordenador do levantamento cartográfico de Portugal, Filipe Folque (1800-1870),  que fora seu professor de Astronomia e Geodesia na Escola Politécnica, escolheu-o para uma missão de estudo ao Observatório Central da Rússia em Pulkovo, nos arredores de São Petersburgo, onde passaria vários anos a estudar os instrumentos e métodos aí utilizados, de modo a preparar-se para liderar o OAL. 

A fundação do OAL foi patrocinada por D. Pedro V e apoiada por Friedrich Georg Wilhelm Struve (1793-1864), diretor do Observatório de Pulkovo, que acreditava poder-se estabelecer em Lisboa um observatório capaz de liderar a área da astronomia estelar juntamente com Pulkovo.  Lisboa proporcionava

condições geográficas e climáticas especialmente favoráveis quer para o estudo das paralaxes estelares e das nebulosas, dois temas centrais da astronomia estelar de então. Algumas estrelas cuja paralaxe anual (e por conseguinte, cuja distância) era considerada mensurável com os instrumentos e técnicas da época, tais como 1830 Groombridge e Alpha Lyrae, passavam nas proximidades do zénite lisboeta, pelo que os efeitos da refração atmosférica seriam mínimos. Além disso, o clima ameno de Portugal, o número considerável de noites de céu limpo por ano, e a escuridão durante as noites estivais, especialmente em comparação com as “noites brancas” de S. Petersburgo,  faziam da capital lisboeta um local apetecível para estudar as nebulosas, cuja natureza era ainda desconhecida.  

Wilhelm Struve inteirou-se dessas vantagens na sequência de um debate travado entre 1847 e 1850 com o astrónomo de Paris Hervé Faye (1814-1902), em torno da paralaxe da estrela 1830 do catálogo Groombridge, ou Estrela de Argelander. Depois de algumas primeiras diligências, de resto infrutíferas, no início da década de 1850, a fundação de um novo observatório na capital portuguesa começou a tomar forma na sequência das viagens de D. Pedro V pela Europa, realizadas entre 1854 e 1855. Uma visita ao Observatório de Bruxelas, então dirigido pelo célebre astrónomo, meteorologista e estatístico Alphonse Quetelet (1795–1874), parece ter sido decisiva para convencer D. Pedro V que a respeitabilidade de Portugal entre as demais nações europeias passava também pela existência de um bom observatório astronómico em Lisboa.  Na altura, o único observatório existente na capital portuguesa era o Observatório da Marinha, cujos equipamentos e instalações eram bastante precários.   

Wilhelm Struve tornou-se o principal conselheiro do projeto do novo observatório, para o qual  o seu filho,  Otto W. Struve (1819-1905), também contribuiu. O Observatório de Pulkovo serviu de modelo, mas foram também consultados outros astrónomos estrangeiros, assim como vários fabricantes de instrumentos astronómicos. Em Janeiro de 1857, D. Pedro V concedeu 30 contos de réis da sua dotação pessoal para apoiar a fundação do Real Observatório Astronómico de Lisboa. Os trabalhos de construção tiveram início em Março de 1861, mas a morte do monarca nesse mesmo ano fez com que os trabalhos só fossem retomados em força em 1864. O observatório ficaria concluído apenas no final da década de 1870. 

Oom deixou Lisboa rumo a S. Petersburgo em 24 de Agosto de 1858. O seu estágio no Observatório de Pulkovo durou cinco anos. Durante este período, Oom visitou vários observatórios, entre os quais os de Greenwich, Altona, Hamburgo, Bona, Berlim e Lípsia, tendo passado também pelas oficinas da firma de instrumentos astronómicos e geodésicos A. & G. Repsold em Hamburgo.  Em 1860 deslocou-se a Espanha no âmbito de uma expedição anglo-russa para observar o eclipse solar de 18 de Julho daquele ano, tendo ficado incumbido de desenhar a coroa solar. É provável que tenha também visitado os observatórios de Paris e Helsínquia, bem como a oficina da firma Merz em Munique, uma vez que estes estabelecimentos são mencionados nas instruções que presidiram à sua missão. As atividades realizadas durante a missão de Oom não só lhe permitiram adquirir o conhecimento necessário para liderar o OAL, como também permitiram criar uma rede de apoio e legitimação para o projeto português no seio da comunidade astronómica internacional. No regresso a Lisboa, Oom passou por Heidelberga, onde participou na reunião fundacional da Astronomische Gesellschaft, realizada em 28 de Agosto de 1863. 

Quando chegou a Lisboa, as obras do OAL estavam praticamente suspensas, pelo que se viu na simples condição de oficial de Marinha em comissão de serviço. Regressou então à Escola Politécnica, de modo a tornar-se engenheiro hidrógrafo, o que se concretizou em 1865. Entretanto, Folque, que liderava a construção do OAL, encarregara Oom de formar os assistentes do Observatório da Marinha, e de coordenar a edificação do OAL na sua vertente científica, o que incluía supervisionar as obras das salas de observações e a instalação dos instrumentos científicos. Oom efetuou uma nova visita a Hamburgo em 1866, com o objectivo de inspecionar a construção de alguns instrumentos encomendados à firma A. & G. Repsold. Durante este período, Oom dividiu-se entre os trabalhos no OAL e as funções de engenheiro hidrógrafo. Em 1867,  integrou uma comissão responsável pela colocação de bóias no Tejo.  

Entre 1867 e 1869 Oom foi coadjuvado nos trabalhos de instalação do OAL por Henrique de Barros Gomes (1843-1898) que, a curto prazo, trocaria a ciência pela carreira política. Em 1869, Oom foi oficialmente nomeado chefe da Secção Astronómica da Direção Geral dos Trabalhos Geodésicos do Reino, título atribuído provisoriamente ao OAL. Nesse mesmo ano, ingressou no OAL César Augusto de Campos Rodrigues (1836-1919), também oficial de marinha e engenheiro hidrógrafo. Campos seria o colaborador mais próximo de Oom no OAL e o membro do seu corpo científico a alcançar o maior prestígio dentro e fora do país.   

Em 1870, Oom determinou a latitude do OAL através de observações da estrela Alpha Lyrae. Ainda nesse ano, foi nomeado para integrar uma comissão encarregada de organizar uma expedição a Tavira com a finalidade de observar o eclipse solar de 22 de Dezembro, que incluía também João de Brito Capelo (1831-1901), do Observatório Meteorológico Infante D. Luiz, e vários professores da Universidade de Coimbra. A observação do eclipse foi impossibilitada por condições atmosféricas adversas. Oom não terá escondido a sua intenção em afirmar o OAL como o observatório nacional de Portugal, ao qual deveria ser confiada a coordenação deste tipo de iniciativas, gerando assim

algum incómodo junto de outros elementos da expedição. Esta fora inicialmente proposta por António José Teixeira (1830-1900), professor de astronomia e matemática na Universidade de Coimbra. 

Vários acontecimentos ao longo da década de 1870 sugerem uma rivalidade latente entre o observatório da capital e a Universidade. Um desses episódios ocorreu em 1873, quando Oom iniciou, juntamente com Campos Rodrigues e João Capelo, preparativos para uma expedição a Macau destinada à observação do trânsito de Vénus de 9 de Dezembro de 1874. A expedição foi organizada à revelia de Coimbra e acabou por ser abortada no parlamento. Por esta altura, encontravam-se já em discussão alguns projetos para a Lei Orgânica do Real Observatório Astronómico de Lisboa. Em 1873, Filipe Folque, a Junta Consultiva para a Instrução Publica e a Academia das Ciências de Lisboa apresentaram propostas muito semelhantes, segundo as quais o OAL teria por objectivo principal contribuir para o avanço da astronomia estelar, nomeadamente através da medição de paralaxes estelares e do estudo das nebulosas, ficando a sua administração centrada na figura do diretor, cargo para o qual Oom estava naturalmente destinado.  Era ainda proposto que todos os astrónomos do OAL se dedicassem exclusivamente ao serviço do Observatório. 

Em 1875, o governo regenerador de Fontes Pereira de Melo emitiu uma nova proposta, de teor semelhante, que foi alvo de uma cerrada oposição por parte da Comissão Parlamentar para a Instrução Publica, liderada por António José Teixeira. A Comissão apresentou uma proposta alternativa, na qual o observatório teria um carácter generalista, sendo o seu programa científico escolhido de acordo com as circunstâncias. Os poderes do diretor ficavam limitados à execução das deliberações de um conselho que incluía todos os astrónomos e calculadores do observatório. Nesta nova proposta ficava também facilitado o acesso dos professores dos estabelecimentos nacionais de ensino superior às vagas do quadro científico do Observatório. 

Oom atacou duramente a proposta da Comissão, batendo-se pelo projeto de astronomia estelar originalmente delineado pelos Struves, que fora adoptado, apenas com pequenas diferenças de detalhe, em todas as propostas precedentes. Oom apresentou os seus argumentos num relatório intitulado Considerações acerca da organização do Real Observatório Astronómico de Lisboa, originalmente dirigido ao diretor dos trabalhos geodésicos, mas que o astrónomo publicou e distribuiu  por várias personalidades e  instituições. A posição de Oom sairia vitoriosa nos meandros parlamentares. Teve o apoio do reitor da Universidade de Coimbra e Par do Reino, Júlio Máximo de Oliveira Pimentel, Visconde de Villa-Maior (1809-1884), que procurou assim contrariar a velha ideia da rivalidade entre a Universidade  e os estabelecimentos científicos e de ensino superior da capital. Em 6 de Maio de 1878, era finalmente aprovada a Lei Orgânica do Real Observatório Astronómico de Lisboa, que o consagrava como instituição científica autónoma, sob a égide direta do Ministério do Reino, dedicada maioritariamente ao avanço da astronomia estelar (ou sideral, na terminologia da época), nomeadamente através do estudo das paralaxes estelares, das nebulosas e das estrelas duplas. Na hierarquia das funções do OAL, seguiam-se: as observações ocasionais de objetos e fenómenos do sistema solar;

o apoio à cartografia, hidrografia e geodesia; e finalmente, a determinação e transmissão da hora oficial. 

Contudo, a visão defendida de forma militante por Oom e consagrada na Lei Orgânica depressa se revelou difícil de concretizar. Não havia pessoal qualificado suficiente que desejasse ingressar no OAL, e alguns de entre os poucos que o fizeram, não se adaptaram ao estilo de trabalho e à disciplina laboral, baseada no princípio de dedicação exclusiva, que Oom quis importar de Pulkovo. O corpo científico do OAL, que tinha cinco vagas para astrónomos, resumia-se a Oom (diretor), Campos Rodrigues (subdiretor), e José Augusto Alves do Rio (1845-1905), também oficial de marinha e engenheiro hidrógrafo que, em 1887, trocaria a carreira de astrónomo pela gestão de uma herança. A admissão de astrónomos-alunos, pela qual Oom também se batera, foi quase inexistente, pois exigia elevadas qualificações para dois anos de um estágio mal remunerado, em dedicação exclusiva, e sem garantias de admissão definitiva findo o período de estágio. Outros problemas de recursos humanos vieram agravar este quadro delicado, tendo até mesmo sido difícil conseguir preencher eficazmente a vaga de secretário do Observatório. Por conseguinte, Oom e Campos Rodrigues viram-se

amiúde assoberbados com tarefas de administração e escrituração. 

Esta frágil situação interna prolongar-se-ia por décadas, constituindo um sério entrave à concretização do projeto fundacional do Observatório. Além disso, ao longo da segunda metade do século XIX técnicas como a espectroscopia, a fotometria e a fotografia, que estão na base da astrofísica, foram adquirindo uma importância crescente, e foi com elas que astronomia estelar verdadeiramente tomou fôlego. Concebido e equipado de acordo com a velha tradição da astronomia posicional, sem nunca ter disso substancialmente modernizado, o OAL acabou por ser moldado essencialmente como uma instituição de serviço público, à semelhança de observatórios como o de Greenwich e o Observatório Naval dos Estados Unidos.  A transmissão da hora oficial  (a partir de 1912 denominada Hora Legal) acabou por se tornar a função principal do OAL, sendo mantida até hoje. 

As observações regulares para a determinação da hora oficial tiveram início em 1878. Eram efectuadas com dois instrumentos de passagens portáteis  construídos pela firma A. & G. Repsold de acordo com indicações de Oom, que concebeu um sistema para efetuar a inversão do instrumento durante a observação, eliminando assim um dos erros sistemáticos da observação (o erro de colimação). As observações eram efectuadas todas as noites em que o estado do tempo o permitia, incidindo numa série de estrelas previamente selecionadas para o efeito. Ao fim da manhã do dia seguinte, depois de reduzidos os dados das observações, procedia-se à verificação e acerto dos relógios do observatório (as denominadas “pêndulas”). A partir de 1885, a hora oficial determinada pelos astrónomos do OAL passou a ser transmitida telegraficamente para uma estação horária no Arsenal da Marinha, onde um “balão horário” (mais propriamente, uma esfera metálica oca) era içado ao topo de um mastro e largado à 1:00 da tarde local, em sincronia com o sinal enviado do OAL. Assim se dava a hora oficial à navegação e à cidade. Os erros da queda do balão, que raramente iam além de escassos décimos de segundo, eram publicados quinzenalmente no Diário do Governo. Este sistema, que fora desenvolvido por Oom e Campos Rodrigues, substituiu um velho balão já bastante descredibilizado, que era operado manualmente por pessoal do Observatório da Marinha. 

Os trabalhos astronómicos propriamente ditos que Oom realizou enquanto diretor do OAL foram escassos, resumindo-se a uma série de observações do cometa 1881III e um conjunto de instruções para o uso de instrumentos altazimutais na observação de passagens meridianas em trabalhos de campo, trabalho que foi publicado já a título póstumo. Apesar de os astrónomos do OAL se manterem bem informados do que se passava nos meios científicos internacionais, as dificuldades internas do observatório lisboeta faziam com que o sonho de o OAL vir a ser um líder na astronomia estelar ao lado de Pulkovo não passasse de uma miragem. Sob a direção de Oom, as colaborações internacionais reduziram-se ao apoio a oficiais norte-americanos que se deslocaram a Lisboa, entre 1877 e 1879, para realizarem medições de longitude. Em 1882, Oom tentou organizar uma expedição a Lourenço Marques (actual Maputo) para observar trânsito de Vénus de 1882, desta vez incluindo elementos da Universidade de Coimbra. Mas à semelhança do que sucedera em 1874, também esta expedição acabou por ser inviabilizada no parlamento. Em 1887, Oom participou na conferência realizada no Observatório de Paris em que foi lançado o projeto Carte du Ciel, mas Lisboa ficou de fora deste empreendimento, que envolveu um grande número de observatórios de todo o mundo na elaboração de um amplo catálogo fotográfico do céu. Em 1889, Oom foi nomeado pela Sociedade de Geografia de Lisboa, da qual era membro fundador, para representar Portugal no Congresso Internacional das Ciências Geográficas de Paris, mas não chegou a concretizar esta missão. 

Em 28 de Fevereiro de 1890, Oom foi promovido a contra-almirante, e condecorado com a Ordem da Avis. No dia 24 de Julho do mesmo, Oom cometeu suicídio, alegadamente por se ver progressivamente incapacitado por um tumor cerebral. Campos Rodrigues sucedeu-lhe no cargo de diretor do OAL.  Na prática, foi o seu filho Frederico Thomaz Oom (1864-1930) que, na capacidade de subdiretor, tomou a  liderança do OAL. Frederico Oom empenhou-se em promover o OAL dentro e fora do país, e em dar o melhor uso possível a várias técnicas e dispositivos de grande eficácia que Campos Rodrigues tinha vindo a desenvolver desde que ingressara no OAL. Conseguiu assim aumentar a visibilidade e o prestígio do Observatório ao qual o seu pai dedicara a maior parte de uma carreira à qual o desaire e a decepção não foram, de todo, estranhos.  

Pedro Raposo
(entrada adaptada por Ana Simões)

Arquivos

Observatório Astronómico de Lisboa – Arquivo Histórico
Academia de Ciências de Lisboa 
Arquivo Histórico da Marinha
Arquivo Histórico – Museu Nacional de História Natural e da Ciência 

Obras 

«Vergleichung des Armag-Catalog von Robinson mit der Aboer von Argelander», Bulletin de l’Academie Impériale des Sciences de St.-Pétersburg, III (1862) 415-428.

«Observations», in Otto Struve (ed.), Observations de Pulkova, vol. III (St.-Pétersburg: Imprimerie de L’Academie Impériale des Sciences, 1870), pp. 139-199.

 «Observations faites a l’instrument des passages établi dans le premier vertical», in Otto Struve (ed.), Observations de Pulkova, vol. III (St.-Pétersburg: Imprimerie de L’Academie Impériale des Sciences,), pp. 227-237.

«Aus einem Schreiben des Herrn Dr. F. A. Oom an den Herausgeber», Astronomische Nachrichten, 83 (1874) cols.  315-316.   

Considerações acerca da organização do Real Observatório Astronómico de Lisboa (Lisboa: Imprensa Nacional, 1875).

«Observations méridiennes de la grande comète 1881 III», Astronomische Nachrichten 104 (1882) cols. 7-12. 

Francisco da Ponte Horta, José Maria da Ponte Horta, Frederico Augusto Oom, Luiz Porfirio da Motta Pegado, «Parecer apresentado á Primeira Classe da Academia Real das Sciencias, ácerca de uma memoria do sr. Cypriano Jardim intitulada “Projecto de aerostato dirigivel”, com um supplemento e additamento», Jornal de Sciencias Mathematicas, Physicas e Naturaes, XII, 48 (1888) 269-272.

Instruções sobre o emprego de um “universal” como instrumento de passagens (Lisboa: Imprensa Nacional, 1895).

Bibliografia sobre o biografado

Pedro M. P. Raposo, Polity, precision and the stellar heavens: the Royal Astronomical Observatory of Lisbon (1857-1910), tese de doutoramento, University of Oxford, 2010.

Pedro M. P. Raposo, ‘Observatories, instruments and practices in motion: an astronomical journey in the nineteenth century’, HoST – Journal of History of Science and Technology 8 (2013): 69-104.  

Pedro M. P. Raposo, ‘Charming tools of a demanding trade: the heritage of nineteenth-century astrometry at the Astronomical Observatory of Lisbon’, Rittenhouse – The Journal of the American Scientific Instrument Enterprise 22 (2008): 25-46.