Sobral, Thomé Rodrigues

Felgueiras, Torre de Moncorvo, 21 dezembro 1759 — Coimbra, 20 setembro 1829

Palavras-chave: Reforma Pombalina, Universidade Coimbra, Laboratório Químico.

DOI: https://doi.org/10.58277/EHSH3302

Filho de João Rodrigues e de Isabel Pires, Thomé Rodrigues Sobral nasceu em Felgueiras, Torre de Moncorvo, a 21 de dezembro de 1759, e morreu a 20 de setembro de 1829, em Coimbra. Matriculou-se nas Faculdades de Matemática e de Filosofia da Universidade de Coimbra, em outubro de 1779. Em 1782, foi ordenado presbítero em Braga, e, em 1783, formou-se em matemática e filosofia. Em 1786, foi nomeado demonstrador de história natural; e lente-substituto de física, em 1786-1788; de história natural, em 1787: e de química, em 1789.

Em 1791, Rodrigues Sobral foi nomeado professor da cadeira de Química e Metalurgia, sucedendo a Domingos Vandelli. Nesta data, assumiu também o cargo de director do Laboratório Químico da Universidade de Coimbra. 

Como refere Joaquim Augusto Simões de Carvalho (1822-1902) na sua Memória Histórica da Faculdade de Filosofia(Imprensa da Universidade, Coimbra,1882), “no tempo da direcção deste Professor, os trabalhos práticos do Laboratório não cessavam, não só em delicadas investigações de química, mas ainda nas mais importantes aplicações industrais” .

Foi sócio da Academia das Ciências de Lisboa e cavaleiro professo da Ordem de Cristo. 

Em julho de 1791, a congregação da Faculdade de Filosofia atribuiu a Rodrigues Sobral a tarefa de escrever um compêndio de química, decidindo também que o artigo Affinité da autoria de Guyton de Morveau, publicado na Encyclopédie Méthodique, deveria ser traduzido para português. O reitor incumbiu o demonstrador da cadeira de química,Vicente de Seabra , de o fazer, mas, inesperadamente, Rodrigues Sobral viria a fazer a tradução, apresentando-a, em 1793, com o título Tractado das Affinidades Chimicas, artigo que no Diccionario de Chimica, fazendo parte da Encyclopedia por ordem de materias, deu Mr. De Morveau, com um longo prefácio de sua autoria, com considerações sobre a necessidade do estudo da química para o avanço dos países e também sobre as novas orientações desta disciplina.  

Quanto ao compêndio de química, em 25 de Abril de 1792, Rodrigues Sobral submeteu à congregação a primeira parte do plano do mesmo e, em Julho desse mesmo ano, as restantes partes. Em meados de 1798, como o compêndio ainda não estivesse pronto, Rodrigues Sobral foi libertado da docência no ano lectivo de 1798/1799 de modo a facilitar-lhe otrabalho. Entretanto, a Universidade adoptou o compêndio baseado na teoria do flogisto da autoria de Scopoli, intitulado Fundamenta Chemiae-Praelectionibus Publicis Accomodata. (Praga, Wolfgangum Gerlb, 1777).       

Aparentemente, Rodrigues Sobral não era um adepto do flogisto. O naturalista alemão Heinrich F. Link, que visitou Portugal nessa altura, refere que ele estava a par dos desenvolvimentos recentes da química francesa, nomeadamente, da teoria do oxigénio da Lavoisier, e ele próprio o deixou claro no referido prefácio que fez para o Tractado das Affinidades Chimicas. A redacção final e completa do compêndio de química de que fora incumbido é desconhecida e, se alguma vezfoi concluída, não há notícia de que tenha sido publicado. Entretanto, o ensino da química, em Coimbra, mudou em 1801, com a divisão da cadeira de Química e Metalurgia em duas disciplinas distintas, o que poderá ter levado Rodrigues Sobral a considerar que o seu conteúdo já não corresponderia cabalmente às necessidades da cadeira para que o elaborara, evitando publicá-lo. Na sua falta e após longa discussão sobre o assunto, em 1807, a congregação decidiu adoptar os Elementa Chemiae Universae et Medicae-Praelectionibus suis Accomodata (Coimbra, Typis academicis, 1807) de J. F. AJacquin.

Em 1807, os exércitos de Napoleão sob o comando do general J. A. Junot  atacaram Coimbra. Rodrigues Sobral tornou-se então responsável pela produção de pólvora em larga escala, no laboratório químico da Universidade. A sua acção foi elogiada pelos oficiais britânicos, aliados dos portugueses contra os invasores, que lhe deram o título de «mestre da pólvora». As tropas francesas retaliaram, incendiando a casa em que Rodrigues Sobral vivia, nos arredores da cidade. No incêndio, o «mestre da pólvora», perdeu a sua biblioteca, e com ela, as suas notas de investigações e o manuscrito do seu compêndio de química.

Nos anos que se seguiram à passagem das tropas de Napoleão por Coimbra, Rodrigues Sobral empenhou-se completamente em tornar o laboratório químico de grande utilidade para a Nação; de interesse para a Universidade; de crédito e consideração para as outras Nações. 

Logo em 1809, com a região de Coimbra devastada pela peste, Rodrigues Sobral ocupou-se por completo na orientação e execução de várias medidas de desinfeção, nomeadamente, as fumigações com ácido muriático, em aquartelamentos, hospitais e outros locais e edifícios públicos, servindo-lhe de mestre, nos procedimentos adotados, como ele próprio oreconheceu, o químico francês Guyton de Morveau. Depois ocupou-se da análise química de exemplares de quinas recebidas do Brasil, assim como de variadas minas metálicas que lhe chegavam, para o efeito, de diversos pontos do país, e também de várias águas mineraisEscreveu sobre diversos assuntos de química, nomeadamente sobre análise química, granjeando a consideração geral dos seus pares a ponto de ser considerado «o melhor e mais autorizado químico portuguêsda altura».

Em 1816, Sobral anunciou que estava a preparar uma memória sobre nomenclatura química portuguesa, a qual também nunca viria a ser publicada, apesar de ter recebido o estímulo e a aprovação da Congregação da Faculdade de Filosofia, em 24 de julho de 1824. Por volta de 1820, Sobral iniciou a sua atividade política, no quadro da Revolução Liberal de 1820, tendo entrado no circuito de cargos e mordomias que não lhe deixavam muito tempo para a investigação química. Foi eleito deputado em 1821.

       Afastado de Coimbra entre 1821 e 1822, Sobral interrompeu a atividade docente, participou numa comissão encarregada da reforma da Faculdade de Filosofia, e, em 1825, foi nomeado para uma comissão destinada a avaliar as reformas da agricultura portuguesa, proposta pela Academia das Ciências, a mando do governo. Em 24 de Maio de 1828, Rodrigues Sobral foi nomeado vice-reitor da Universidade de Coimbra, mas devido a problemas de saúde, teve dedeclinar o cargo.

António M. Amorim da Costa
Departamento de Química, Universidade de Coimbra

Arquivo

Coimbra, Arquivo da Biblioteca Geral da Universidade 

Obras

Sobral, Tomé Rodrigues (trad.), “Tractado das Affinidades Chimicas, artigo que no Diccionario de Chimica, fazendo parte da Encyclopedia por ordem de materias, deu Mr. de Morveau” Coimbra: Real Imprensa da Universidade, 1793.

Sobral, Tomé Rodrigues, “Diário das operações, que se fizerão em Coimbra, a fim de se atalharem os progressos do contágio em Agosto de 1809” J. de Coimbra, 5 (1813): 103-138.

Sobral, Tomé Rodrigues, “Ensaio Chimico da planta chamada no Brasil ‘mil homens’, Aristolochia Grandiflora, segundo o Dr. Bernardino António Gomes “ J. de Coimbra, 7 (1814): 149-198.

Sobral, Tomé Rodrigues , “Carta ao Doutor José Feliciano de Castilho em resposta a outras, em que se tratava de huma nova applicação do Gaz Muriático oxigenado (Gaz oximuriatico)”  J. de Coimbra, 7 (1814): 101-136.

Sobral, Tomé Rodrigues, “Oratio Pro Solemni Studiorum Annuaque de More Instauratione Habui”   J. de Coimbra, 7 (1814): 67-85.

Sobral, Tomé Rodrigues, “Reflexões geraes sobre as difficuldades de uma boa analyse principalmente vegetal” J. de Coimbra, 7 (1814):  251-266.

Sobral, Tomé Rodrigues, “Sobre os trabalhos em grande que no laboratório chimico da Universidade poderão praticar-se com mais utilidade do Público, e com maiores vantagens do mesmo Estabelecimento” J. de Coimbra, 9 (1816): 293-312.

 Sobral, Tomé Rodrigues, “Notícia de differentes Minas Metallicas e Salinas” J. de Coimbra, 9 (1816): 221-240.

Sobral, Tomé Rodrigues, “Observações sobre um Escrito, intitulado Methodo prático de purificar as cartas e papéis procedentes de paizes contagiados ou suspeitosos”J. de Coimbra, 11 (1817): 101-130.

Sobral, Tomé Rodrigues, “Memória sôbre o Principio Febrifugo das Quinas” J. de Coimbra, 15 (1819): 126-153.

Bibliografia sobre o biografado

Amorim da Costa, António. “Thomé Rodrigues Sobral (1759-1829). A Química ao serviço da Comunidade” Publicações do II Centenário da Academia das Ciências de Lisboa2 (1986), 373-401 

Amorim da Costa, António “A Universidade de Coimbra na Vanguarda da Química do Oxigénio” Publicações do II Centenário da Academia das Ciências de Lisboa2 (1986), 403-416

 Amorim da Costa, António. Primórdios da Ciência Química em Portugal. (Instituto Camões, Biblioteca Breve, Lisboa, 1984). 

Gouveia, António Jorge Andrade de

Guarda, 18 junho 1905 — Coimbra, 13 julho 2002 

Palavras-chave: Universidade de Coimbra, Química, História das Ciências, Academia das Ciências de Lisboa.

DOI: https://doi.org/10.58277/YKAZ8015

António Jorge Andrade de Gouveia, filho de António Carvalho de Gouveia e de Angelina da Soledad Sarah Bette Andrade de Gouveia, frequentou a Escola Primária de São Vicente da Guarda e fez os seus estudos secundários no Colégio da Via Sacra e no Liceu Alves Martins, em Viseu. 

Em outubro de 1922, matriculou-se na Faculdade de Ciências da Universidade de Coimbra, onde se licenciou em Ciências Físico-Químicas, em 1926. Ainda antes de terminar o curso, em agosto de 1925, foi nomeado, primeiro assistente da Faculdade de Ciências. Reconduzido neste cargo académico até 1930, foi provido definitivamente neste ano, no cargo em questão. 

Por indicação e recomendação da Congregação da Faculdade, de outubro a dezembro de 1927, estagiou na Universidade de Paris, frequentando os cursos de Marie Curie e Jean Perrin, estudando simultaneamente vários compostos de alumínio, estanho e tungsténio no Laboratório de Química Inorgânica do Instituto de Química Aplicada, sob a orientação e direção do professor Raymond Marquis.

Em 1931, passou a trabalhar em Inglaterra, na Universidade de Liverpool, sob a orientação do professor Richard Alan Morton (1899–1977). Aí estudou vários compostos orgânicos, em particular o índigo, o naftaleno e outros compostos aromáticos e sua aplicação ao estudo de problemas biológicos, utilizando técnicas espectroscópicas de absorção no visível e ultravioleta. Obteve, em 7 de julho de 1934, o grau de doutor com a tese “Contributions to the Study of the Role of the Double Bond in the Absorption Spectra of Organic Compounds”.

Em agosto de 1935, foi-lhe concedida equivalência ao grau de doutor em Ciências Físico-Químicas pela Universidade de Coimbra. Foi então contratado pela Faculdade de Ciências como equiparado a professor catedrático. Primeiro assistente desde abril de 1942, em janeiro de 1944, foi aprovado por unanimidade para professor extraordinário de Química, em concurso onde apresentou a dissertação “Contribuição para o estudo das oleorresinas portuguesas do Pinus pinaster e do Pinus pinea – Estudo espectrofotométrico dos ácidos resínicos e seus derivados”. Em junho deste mesmo ano, foi aprovado para o lugar de professor catedrático do mesmo grupo.

Foi secretário da Faculdade de Ciências da Universidade de Coimbra de 1945 a 1949. Em 1955 foi nomeado diretor do Laboratório Químico, cargo que exerceu até setembro de 1975, acumulando funções com o cargo de diretor da Faculdade de Ciências, nos anos de 1962–1963, e com o cargo de reitor da Universidade de Coimbra, a partir de junho de 1963 e até fevereiro de 1970. 

Foi membro da Junta de Educação Nacional nos anos de 1956, 1962 e 1965. Em 1963, foi nomeado para membro da Comissão Permanente da Organização circum-escolar do Ensino Superior. No mesmo ano, foi nomeado presidente da Comissão Administrativa das Obras da Cidade Universitária. Em 1944, foi admitido como sócio do Instituto de Coimbra; e, em 1992, foi admitido como membro da New York Academie Advanced. Em 1969, integrou a Comissão Nacional para a Celebração do V Centenário do Nascimento de Vasco da Gama. Neste mesmo ano, representou Portugal na Assembleia Geral dos Reitores das Universidades Europeias, em Genebra. Foi ainda Presidente da Sociedade Filantrópico-Académica da Universidade de Coimbra, cargo que deixou ao tomar posse como reitor, por falta de tempo e por entender que as funções que exercia nessa sociedade eram incompatíveis com o cargo de reitor. Em 1963, tornou-se sócio correspondente da Academia das Ciências de Lisboa, passando a efetivo em 1973.

Como reconhecimento pelos elevados serviços prestados, foram-lhe conferidos os títulos e as insígnias de Grande Oficial da Ordem de Mérito da República Italiana, em 27 de dezembro de 1968, e de Grande Oficial da Ordem de Sant’Iago da Espada, da República Portuguesa, em 30 de maio de 1996.

Em sua homenagem, o Departamento de Química da Universidade de Coimbra criou, em 1995, o Prémio Professor António Jorge Andrade de Gouveia, destinado a “galardoar os alunos de licenciatura que se salientem no estudo da ciência química”.

Anotados os passos principais da sua carreira académica, deve relevar-se aqui a atividade científica a que Andrade Gouveia se dedicou toda a sua vida de professor universitário. Nos primeiros anos da década de 1930, após o seu doutoramento em Inglaterra, regressou ao Laboratório Químico da Universidade de Coimbra e empenhou-se completamente na formação de uma equipa de investigadores que, liderada por si, equipou o Laboratório com a aparelhagem necessária, nomeadamente no domínio da espectrofotometria, votada a investigações de química orgânica centradas no estudo sobre o valor nutritivo de várias espécies de peixes e moluscos das costas portuguesas, determinando, em particular, os seus conteúdos de proteínas e lípidos, bem como vitaminas A e D. Rapidamente, estes estudos se estenderam a várias espécies de peixes da costa de Angola, em estreita colaboração científica com o Agrupamento Científico de Estudos Ultramarinos, envolvendo amostras preparadas em Angola e remetidas por via aérea para a metrópole, investigando o seu teor em tiamina, riboflavina, niacina e vitamina A, bem como de proteínas e gorduras. Já nos finais da década de 1950, o grupo dedicou-se ao desenvolvimento de uma técnica analítica espectrofotométrica para determinação quantitativa de pró-vitaminas D, baseada na reação de cor destas substâncias com soluções saturadas de cloreto de antimónio e dicloreto de etileno, em presença de pequenas quantidades de iodo, e estabeleceu uma estreita e muito dinâmica colaboração com os Laboratórios Atral no estudo da plumbagina, uma naftoquinona extraída de várias plantas com numerosas propriedades farmacológicas, procedendo à síntese química do composto e à preparação de vários derivados hidrossolúveis do mesmo, determinando o seu poder químio-terapêutico. 

Para além de toda esta sua atividade de investigação científica no domínio da química orgânica, Andrade de Gouveia fomentou com grande interesse o estudo da história e filosofia das ciências em Portugal, com particular ênfase nos períodos renascentista e pós-pombalino. Enquanto diretor da Faculdade de Ciências da Universidade de Coimbra, a ele se deve a criação de um curso livre de História da Ciência ministrado, a seu convite, nos anos de 1962–1964, pelo professor Reijer Hooykaas (1906–1994), o primeiro professor de História das Ciências numa universidade holandesa (1946) e professor da mesma disciplina na Universidade Livre de Amsterdão, nos anos de 1946–1972. Já aposentado, na Academia de Ciências de Lisboa, em 1983, Andrade Gouveia estabeleceu relações muito estreitas com o professor Allen George Debus (1926–2009), eminente historiador das ciências, nomeadamente da química, da Universidade de Chicago, e com o então presidente da International Union of History and Philosophy of Science (IUHPS)William R. Shea (1937), professor de História e Filosofia da Ciência na Universidade McGill de Montreal (Canadá), em colaboração com os quais viria a organizar na Academia de Ciências de Lisboa dois marcantes colóquios sobre o desenvolvimento da ciência em Portugal (o primeiro de 15 a 19 de abril de 1985, sobre a ciência em Portugal até inícios do século XX, e o segundo de 13 a 17 de novembro de 1989, sobre a ciência em Portugal no século XX). Ainda em colaboração com os mesmos professores, organizou, em Coimbra, de 18 a 22 de abril de 1988, a VII Conferência Internacional da IUPHS, cujas atas, publicadas nesse mesmo ano pela Science History Publications (Estados Unidos da América) com o título Revolutions in Science – Their Meaning and Relevance, lhe foram dedicadas pelo editor, o próprio professor William R. Shea. 

António M. Amorim da Costa
Departamento de Química, Universidade de Coimbra

Arquivos

Coimbra, Arquivo da Biblioteca Geral da Universidade de Coimbra 

Coimbra, Biblioteca Geral da Universidade de Coimbra, Curriculum Vitae, 1996

Lisboa, Arquivo da Academia das Ciências de Lisboa

Obras

Andrade de Gouveia, António Jorge. “Análise Química da água de abastecimento da cidade de Coimbra (Rio Mondego).” Revista da Faculdade de Sciencias da Universidade de Coimbra 1 (1931): 33–38.

Andrade de Gouveia, António Jorge. “Desenvolvimento da Química e Ciências Relacionadas e seu Impacto com Actividades Científicas e Culturais em Portugal.” Revista Portuguesa de Química 29 (1987): 127–139.

Andrade de Gouveia, António Jorge. “Determinações quantitativas de pro-vitaminas D.” In Memórias da Academia das Ciências de Lisboa 8 (1962): 121–134.

Andrade de GouveiaAntónio Jorge. “Livros do século XV e XVI sobre artes químicas e simples e drogas, nas Livrarias da Universidade e de Colégios de Coimbra.” Memórias da Academia das Ciências de Lisboa, Classe de Ciências 22 (1978-1979): 289–309.

Andrade de Gouveia, António Jorge. “Os paradigmas da afinidade química e a Faculdade de Filosofia nos fins do séc. XVIII.” Memórias da Academia de Ciências de Lisboa 22 (1978): 17–26.

Andrade de Gouveia, António Jorge. “Químico esclarecido luso-brasileiro: Vicente Seabra (1764-1804).” Memórias da Academia de Ciências de Lisboa 21 (1976-1977): 7–35.

Andrade de GouveiaAntónio Jorge. “Vicente de Seabra e a Revolução Química em Portugal.” In História e Desenvolvimento da Ciência em Portugal, vol. 1, 335–351. Lisboa: Academia das Ciências de Lisboa, 1986.

Andrade de Gouveia, António Jorge. “Vicente Seabra and the Chemical Revolution in Portugal.” Ambix 32 (3) (1985): 97–109.

Andrade GouveiaAntónio Jorge. “Posições de Garcia d’Orta e de Amato Lusitano na ciência do seu tempo.” In História e Desenvolvimento da Ciência em Portugal, vol. 1, 303-333. Lisboa: Academia das Ciências de Lisboa, 1986.

António Jorge Andrade de Gouveia e Fernando Pinto Coelho. “Determinações quantitativas de vitamina C em frutos e derivados.” Las Ciências 6 (1942): 483–491.

Andrade de Gouveia, António Jorge e Alfredo da Purificação Gouveia. “Contribuição para o estudo químico dos moluscos da costa portuguesa. I. Estudo analítico da espécie Loligo vulgaris Lamark.” Revista da Faculdade de Sciencias da Universidade de Coimbra 20 (1951): 5–20.

Andrade de Gouveia, António Jorge e Alfredo da Purificação Gouveia. “Determinação quantitativa da vitamina B12 em produtos naturais e farmacêuticos.” La Ricerca Scientifica 23 (1953): 23–26.

 Andrade de Gouveia, António Jorge e Alfredo da Purificação Gouveia. “Contribuições para o estudo químico de peixes da costa portuguesa I-Estudo analítico das espécies “Sardina pilchardus (Walbum) (sardinha) e Trachurus (L) (carapau).” Revista da Faculdade de Sciencias da Universidade de Coimbra 19 (1950): 136–150.

 Andrade de Gouveia, António Jorge e Alfredo da Purificação Gouveia. “Contribuições para o estudo químico de peixes da costa portuguesa II. Carotenoides de Sardina pilchardus Walbaum.” Revista da Faculdade de Sciencias da Universidade de Coimbra 21 (1952): 166–169.

 Andrade de Gouveia, António Jorge e Alfredo da Purificação Gouveia. “Contribuiciones para el estudio químico de pescado de la costa portuguesa. Estudio analítico de las espécies de Sardina pilchardus (Walbum) (sardinha) e Trachurus (L) (Jusel).” Industria Conservera 7 (1951): 120–123.

Andrade de Gouveia, António Jorge e Fernando Pinto Coelho. “Determinações quantitativas de vitamina A pelo método espectrofotométrico. I Estudo de alguns óleos de fígado de bacalhau de empresas de pesca portuguesas.” Revista da Faculdade de Sciencias da Universidade de Coimbra 6 (4) (1936): 191–199.

 Andrade de Gouveia, António Jorge, Alfredo da Purificação Gouveia, J. Anacoreta Correia e M. H. R. Fonseca. “Estudo químico de peixes da costa de Angola (Luanda). I-Teor de riboflavina e comportamento dos resíduos insaponificáveis.” In XXIII Congresso Luso-Espanhol para o Progresso das Ciências. Coimbra, 1956.

Andrade de Gouveia, António Jorge, Alfredo da Purificação Gouveia e M. H. R. Fonseca. “Ergosterol and 7-dehydrecholesterol colour reaction.” In XV Congresso da União Internacional de Química Pura e Aplicada. Lisboa: s. n., 1956. 

Andrade de Gouveia, António Jorge, Alfredo da Purificação Gouveia, J. Anacoreta Correia e M. H. R. Fonseca. “Contribuição para o estudo químico de peixes da costa de Angola. I- Estudo analítico de algumas espécies obtidas nas pecarias de Luanda.” Garcia de Orta, Revista da Junta das Missões Geográficas e de Investigações do Ultramar 4 (4) (1957): 531–555.

Andrade de Gouveia, António Jorge, Alfredo da Purificação Gouveia e M. H. R. Fonseca. “Metalic Complexes with alicyclic unsaturated compounds.” In XVI Congresso Internacional de Química Pura e Aplicada. Paris: s. n., 1957.

Andrade de Gouveia, António Jorge, Alfredo da Purificação Gouveia e M. H. R. Fonseca. “Reacção corada do ergosterol e do de-hidro-7 colesterol.” Revista Portuguesa de Química 1 (1) (1958): 15–36.

Andrade de Gouveia, António Jorge, Fernando Pinto Coelho e Aires Pedroso de Lima. “Determinações quantitativas de ácido fítico. I-Estudo de farinhas portuguesas de trigo, centeio e milho.” Revista da Faculdade de Sciencias da Universidade de Coimbra 14 (1945): 35–49.

Andrade de Gouveia, António Jorge, Fernando Pinto Coelho e Aires Pedroso de Lima. “Determinações quantitativas de ácido fítico. II-Estudo de produtos de panificação da Cidade do Porto.” Revista da Faculdade de Sciencias da Universidade de Coimbra 15 (1946): 55–76.

Andrade de Gouveia, António Jorge, Fernando Pinto Coelho e Alfredo da Purificação Gouveia. “Complexos de cobalto bivalente com ácidos resínicos. I-Composição e estudo espectrofotométrico.” Revista da Faculdade de Sciencias da Universidade de Coimbra 22 (1953): 88–109.

Andrade de Gouveia, António Jorge, Fernando Pinto Coelho e J. A. Correia. “Determinações quantitativas de vitamina C em bananas (Musa nana) provenientes da Ilha da Madeira.” Revista da Faculdade de Sciencias da Universidade de Coimbra 9 (1) (1941): 49–68.

Andrade de Gouveia, António Jorge, Fernando Pinto Coelho e Karl Schön. “Studies on the ultraviolet absorption spectra of proteins. I. Aminoacids. II. Dipeptides.” Revista da Faculdade de Sciencias da Universidade de Coimbra 6 (4) (1936): 391–413.

 Andrade de Gouveia, António Jorge, Fernando Pinto Coelho, Alfredo da Purificação Gouveia e L. J. Esteves Paz. “Determinações quantitativas de vitamina A pelo método espectrofotométrico. II-Estudo de óleos de fígado de atum (Thunnusthynnus, (L) de empresas de pesca do Algarve.” Revista da Faculdade de Sciencias da Universidade de Coimbra 11 (1945): 35–49.

Gouveia, Alfredo da Purificação e António Jorge Andrade de Gouveia. “Contribuição para o estudo químico do peixe seco de Angola. Algumas vitaminas e composição das proteínas em amino-ácidos.” Revista Portuguesa de Quimica3 (1962): 41–60.

Gouveia, Alfredo da Purificação, G. S. Figueiredo e António Jorge Andrade de Gouveia. “Plumbagina e compostos relacionados.” Memórias da Academia das Ciências de Lisboa, Classe de Ciências 14 (1970): 303–325.

Gouveia, Alfredo da Purificação, G. S. Figueiredo, A. M. Silva e António Jorge Andrade de Gouveia. “Estudo químico dos componentes da Plumbago zeylanica. Síntese de outros produtos afins.” Garcia de Orta, Revista da Junta das Missões Geográficas e de Investigações do Ultramar 16 (1968): 441–456.

Gouveia, Alfredo da Purificação, G. S. Figueiredo, A. M. Silva e António Jorge Andrade de Gouveia. “Métodos micro-analíticos da dosagem da plumbagina e naftoquinonas relacionadas, em soluções aquosas e meios fisiológicos. Diferenças de comportamento com a estrutura.” Revista Portuguesa de Química 12 (1970): 104–111.

Gouveia, Alfredo da Purificação, G. S. Figueiredo, A. M. Silva e António Jorge Andrade de Gouveia. “Estudo do Oleo Essencial de «Heteropyxis natalensis» Harv.” Revista Portuguesa de Química 14 (1972): 230–237.

Gouveia, Alfredo da Purificação, M. H. R. Fonseca e António Jorge Andrade de Gouveia. “Possíveis intermediários numa reacção de cor do ergosterol e do 7-de-hidro-colesterol.” In XXIV Congresso Luso-Espanhol para o Progresso das Ciências. Madrid: s. n., 1958.

Gouveia, António Jorge Andrade de. Garcia d’Orta e de Amato Lusitano na Ciência do seu Tempo. Lisboa: Instituto Camões e Biblioteca Breve, 1985.

Morton, Richard Alan e António Jorge Andrade de Gouveia. “Chromophoric Groups. Part I. Ultra-violet Absorption Spectra of Indene and Certain of its Derivatives.” Journal of the Chemical Society 1934: 911–916.

Morton, Richard Alan e António Jorge Andrade de Gouveia. “Chromophoric Groups. Part II. Absorption Spectra of Naphthalene, Hydronaphthalenes and Related Compounds.” Journal of the Chemical Society 1934: 916–930.

Schön, Karl, António Jorge Andrade de Gouveia e Fernando Pinto Coelho. “Determinações quantitativas da Vitamina A, Ergosterol, Vitamina B2 (lactoflavina) e Vitamina C, por métodos físico-químicos. Estudo do vinho tinto da Bairrada.” Revista da Faculdade de Sciencias da Universidade de Coimbra 8 (1939): 130–147.

Bibliografia sobre o biografado

Carvalho, A. Herculano de. “Discurso de recepção do Prof. Doutor Andrade Gouveia, novo Académico Titular da Cadeira n.º 19.” Memórias da Academia das Ciências de Lisboa, Classe das Ciências 18 (1975): 51–56.

Costa, António M. Amorim da. “Chemical Science and Education in the University of Coimbra (Portugal) from the thirties to the fifties of the twentieth century.” In Alchemy, Chemistry and Pharmacy, ed. M. Bougard, 169–176. Turnhout: Brepols Publications, 2002.