Coutinho, Carlos Viegas Gago

Belém, 17 fevereiro 1869 — Lisboa, 18 fevereiro 1959

Palavras-chave: Aviação, Comissão de Cartografia, Geografia colonial, Ocupação científica.

DOI: https://doi.org/10.58277/SQGD9998

Carlos Viegas Gago Coutinho foi oficial da Armada, géografo colonial, pioneiro da navegação aérea e historiador da náutica. O seu contributo no domínio técnico-científico inscreveu-se no contexto da ocupação territorial e científica das colónias e de construção do último império colonial português. 

Gago Coutinho era filho de um casal da pequena burguesia com origens algarvias. O pai, José Viegas Gago Coutinho, foi sargento de mar-e-guerra até 1873; depois fixou-se em Luanda, onde veio a ser fiscal de mercado. Após a morte da mãe, Fortunata Maria Coutinho, Gago Coutinho foi criado por uma vizinha. Fez a instrução primária e estudou até ao 3.º ano liceal num colégio em Belém, à época, sede de concelho contíguo ao de Lisboa. Para frequentar o Liceu Central de Lisboa, mudou-se para a capital. Em 1885, matriculou-se na Escola Politécnica, aí fazendo os  preparatórios para a Escola Naval. Concluiu o curso de Marinha na especialidade de Hidrografia, em 1888. Começou a sua carreira como aspirante da Armada em 1886, sendo sucessivamente promovido a guarda-marinha (1890), segundo-tenente (1891), primeiro-tenente (1895), capitão-tenente (1907), capitão-de-fragata (1915), capitão-de-mar-e-guerra (1918), contra-almirante (1922) e vice-almirante em 1932. Passou à reserva em 1934. Por decreto-lei de 22 de maio de 1958, o Governo da República portuguesa promoveu-o a almirante, dando execução ao voto unânime da Assembleia Nacional. A carreira de Gago Coutinho divide-se por quatro grandes áreas: a Armada, nas divisões navais da África Oriental e da África Ocidental, sobretudo de 1893 a 1898; os trabalhos geográficos nas colónias portuguesas, entre 1898 e 1919; a navegação aérea, de 1919 a 1927; e a história da náutica e dos descobrimentos portugueses, de 1925 a 1958. 

Ainda não foram apuradas cabalmente as circunstâncias em que Gago Coutinho passou a integrar as expedições da Comissão de Cartografia, constituída, sobretudo, por oficiais da Armada com experiência africana, como era o seu caso. Criada por decreto do ministro da Marinha e Ultramar, em 1883, para elaborar e publicar uma coleção de cartas das possessões ultramarinas, bem como estudos geográficos complementares, os seus trabalhos foram, por decreto de 1892, divididos em duas partes: uma referente à geografia política (assuntos diplomáticos e outros relativos à delimitação de fronteiras, divisão administrativa e relação com colónias e estados limítrofes); e outra à geografia física (preparação e publicação de cartas geográficas e hidrográficas das províncias ultramarinas, e explorações científicas). 

 A atividade de Gago Coutinho na área da geografia incluiu trabalhos de campo de delimitação de fronteiras e de geodesia, duas tarefas cruciais no quadro do imperialismo oitocentista, e subdividiu-se em duas fases: a primeira, situada sobretudo no terreno colonial, em Timor, Moçambique, Angola e S. Tomé; a segunda, no gabinete no Terreiro do Paço, orientando à distância os trabalhos de campo, como vogal (1919-1925) e depois como presidente da Comissão de Cartografia, até à sua passagem a Junta das Missões Geográficas e de Investigações Coloniais, em 1936.

Entre 27 de julho de 1898 e 19 de abril de 1899, Gago Coutinho integrou, com o governador de Timor, José Celestino da Silva, e António Heitor, chefe da Secção de Obras Públicas, a comissão de delimitação de fronteiras de Timor português e holandês. Além de trabalhar na carta de fronteira, propôs-se fazer o levantamento de todo o território português. Os trabalhos tiveram de ser supensos devido à rebelião que grassava em Oecussi. Porém, a tropa portuguesa tomou uma povoação, grantindo a chegada ao ponto mais alto da região. Este episódio faz parte de um fenómeno histórico mais vasto: no último quartel do século XIX e nas primeiras décadas de novecentos, o reconhecimento geográfico dos territórios coloniais portugueses esteve associado direta ou indiretamente a operações militares de conquista e subjugação. 

O ensaio cartográfico que resultou dos trabalhos de delimitação in loco permitiu a assinatura de um novo acordo entre Portugal e a Holanda fixando as fronteiras e uma retificação de 20 km na extensão da ilha no seu alinhamento norte-sul. De regresso à metrópole, Gago Coutinho ocupou-se do trabalho de gabinete, apresentando o relatório definitivo a 23 de junho de 1900.

Entre 5 de setembro de 1900 e 8 de fevereiro de 1901, Gago Coutinho trabalhou na delimitação de fronteiras no Zambeze e lago Niassa (Moçambique), com a British Central Africa, estabelecendo também triangulações, corrigindo coordenadas e colocando marcos geodésicos. O conde da Ponte e os comissários ingleses W. H. Manning e A. J. Swann também integravam a comissão mista luso-britânica. Gago Coutinho reconheceu o apoio britânico em meios humanos e materiais, mas as duas partes não chegaram a consenso.

De seguida, e até ao final de 1901, Gago Coutinho dedicou-se, com Joaquim Morais e Castro, à delimitação da fronteira norte de Angola com o Congo belga, de Nóqui ao rio Cuango. Além da desporporção de meios humanos e logísticos a favor da comissão belga, dirigida por Alphonse Cabra, a interação entre as duas comissões foi tensa e pontuada por incidentes. Desta vez, os trabalhos foram interrompidos porque a comissão portuguesa foi atacada por febres altas.

Em 1904, Gago Coutinho regressou a Moçambique para trabalhar na delimitação de fronteiras no distrito de Tete. O trabalho de campo, em que também estiveram envolvidos Joaquim Bernardo de Morais e Castro (1904), Manuel dos Santos Fradique (1904) e Filipe Trajano Vieira da Rocha (1905), estendeu-se de 27 de fevereiro de 1904 a 18 de dezembro de 1905. Gago Coutinho manteve um bom relacionamento com a missão inglesa, composta pelo major R. P. O’Shee, capitão de Artilharia A. N. Campbell, tenente de Engenharia E. W. Cox e pelo médico Park Ross, à qual reconheceu elevada organização e competência. Com Filipe Trajano Vieira da Rocha subiu o Zambeze, de Tete até Chicoa, e alcançou Cahora Bassa a 8 de novembro de 1905, garantindo assim a prioridade portuguesa; facto cuja relevância se compreende no contexto de acesa competição entre impérios. Além do relatório oficial sobre o trabalho para a Comissão de demarcação das fronteiras do distrito de Tete, Gago Coutinho publicou na Ilustração Portuguesa um relato intitulado “O Zambeze mysterioso” (Agosto de 1906), onde começou a compor a sua persona de “geógrafo ultramarino”.

A repercussão pública daquele feito terá contribuído para que fosse nomeado chefe da recém-criada Missão Geodésica da África Oriental, regressando a Moçambique entre maio de 1907 e inícios de 1911, a fim de concluir os cálculos e compensações da rede geodésica do território. No âmbito do trabalho preparatório da missão, frequentou o Observatório Astronómico de Lisboa, e apelou à ciência prática e aos conselhos de Campos Rodrigues. Naquela missão conheceu o tenente Sacadura Cabral, de quem se tornou amigo e com quem viria a partilhar projetos no domínio da navegação aérea. 

A sua atividade de geodesista foi interrompida entre 7 de novembro de 1911 e 21 de março de 1912, período em que comandou a canhoeira Sado. Nestas funções procedeu ao reconhecimento da Índia portuguesa. Durante a revolta nativa na região de Satary, participou no destacamento que ocupou Valpoy. Seguiu depois para Timor onde decorria a rebelião de Manufai. Ao comando da canhoeira Pátria, bombardeou os insurretos e ajudou a debelar a revolta.

Entre outubro de 1912 e meados 1914 chefiou a missão portuguesa de delimitação da fronteira de Angola no Barotze (fronteira com a Rodésia) integrada por Filipe Vieira da Rocha, Costa Marques, Costa Santos, o sertanejo Manuel Nunes Correia e o médico naval Augusto da Cunha Rolla. A missão portuguesa partiu do Lobito, viajou de comboio até ao Huambo e, a partir daí, a caravana prosseguiu com 9 carros boers. Encontrou-se com a missão inglesa, chefiada pelo major H. Gordon, no meridiano 24º E. Os trabalhos tiveram início em maio de 1913. A demarcação foi realizada a pé, pois já tinham morrido todas as montadas da expedição portuguesa. A missão lusa continuou a pé até ao rio Zambeze, de lancha até próximo das cataratas Vitória e daí de comboio para Joanesburgo, chegando a Lourenço Marques em dezembro. Em maio de 1914 a missão regressou à fronteira de Angola seguindo em direção a Elisabethville, no Congo belga (meridiano 24º E) onde se encontrou com as missões britânica e belga. Desentendimentos com a primeira levaram Gago Coutinho a transmitir o comando das operações de fronteira a Viera da Rocha. Seguriam para o meridiano 22º E e concluiram a delimitação dos 400 km de fronteira com a Rodésia. Dali, e num mês, percorreram 1500 km até ao planalto de Benguela. A equipa de Gago Coutinho obteve elevado grau de exatidão com os métodos geodésicos utilizados: obervações astronómicas, medições de ângulos horizontais e triangulações.

Além dos trabalhos técnicos apresentados superiormente, a 11 de janeiro de 1915 Gago Coutinho proferiu uma comunicação na Sociedade de Geografia de Lisboa, acompanhada pela projeção de fotografias, intitulada “Impressões de duas viagens através de África entre Angola e Moçambique”; título em que ressoa a questão do mapa cor-de-rosa e a viagem de Capelo e Ivens, de Angola à contracosta. Essa comunicação, posteriormente publicada, é uma peça importante na construção da sua imagem pública como geógrafo de campo e na afirmação da sua autoridade técnico-científica.

Em 1915 foi nomeado chefe da Missão Geodésica de São Tomé, por sugestão do governador José Carneiro Sousa Faro ao ministro das Colónias. Ali procedeu a trabalhos geodésicos e topográficos destinados ao levantamento de cartas na escala 1:25.000, das ilhas de São Tomé e do Príncipe. Além da implantação de 56 marcos para o estabelecimento da rede geodésica, mediu duas bases com fio de ínvar, completou cálculos de nivelamento e concluiu o cálculo e a compensação da rede geodésica. Depois de uma licença na metrópole no primeiro semestre de 1917, regressou a São Tomé, dando continuidade às observações geodésicas azimutais, zenitais e astronómicas. Se a existência de picos elevados auxiliava a intervisibilidade entre os locais de observação, as condições atmosféricas – a neblina sem vento e as chuvas – dificultavam-na. No decorrer da missão, comprovou a passagem da linha do Equador pelo ilhéu das Rolas, ao qual veio a ser dado o seu nome em 1923. Em dezembro de 1918 pediu exoneração do cargo. Em 1919 entregou a Carta, bem como o Relatório da Missão Geodésica da Ilha de S. Tomé 1915-1918, considerado oficialmente o primeiro trabalho de geodesia completo referente a uma colónia portuguesa. 

Em 1920, numa sessão na Sociedade de Geografia de Lisboa, Gago Coutinho propôs a criação do curso de Engenheiro Geógrafo, o que se concretizou no ano seguinte na Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa. Defendeu que a componente teórica devia ser complementada com um tirocínio prático. No âmbito desse curso, sugeriu uma divisão do trabalho em função do género, cabendo os cálculos às mulheres (as calculadoras).

Desafiado por Sacadura Cabral, que alimentava o projeto da travessia áerea Lisboa–Rio de Janeiro para assinalar o centenário da independência brasileira, Gago Coutinho dedicou-se ao estudo da navegação aérea entre o final da década de 1910 e inícios da década de 1920. Partindo dos seus conhecimentos de navegação marítima e astronomia, procurou resolver os problemas que se colocavam à navegação aérea, tais como a dificuldade de definir a linha do horizonte a uma altura normal de voo e a dificuldade de efetuar observações astronómicas com o sextante náutico em situação de voo. Para solucionar o problema, concebeu então o primeiro sextante dotado de horizonte artificial, o qual permitia determinar a altura de um astro acima do horizonte sem o observar directamente. A este instrumento, que podia ser usado a bordo das aeronaves, Gago Coutinho denominou de “astrolábio de precisão”. Entre 1919 e 1938, Gago Coutinho dedicou-se ao aperfeiçoamento deste instrumento, que veio a ser fabricado e comercializado pelo construtor alemão C. Plath, sob o nome “System Admiral Gago Coutinho”. Com Sacadura Cabral concebeu e construiu outro instrumento, chamado “Plaqué de abatimento” ou “corretor de rumos”, que permitia calcular graficamente o ângulo entre o eixo longitudinal e o rumo da aeronave, tendo em conta a intensidade e direção do vento, e a orientação e velocidade do avião. Juntos realizaram várias viagens áereas para testar as novas soluções. A viagem Lisboa–Funchal, em 1921, funcionou como preparação da travessia áerea do Atlântico Sul. A ligação Lisboa–Rio de Janeiro, entre 30 de março e 17 de junho de 1922, demonstrou finalmente a eficácia das soluções encontradas.

Na sequência desta viagem, celebrada ao mais alto nível pelos dois países e reconfigurada no imaginário e na memória coletivos dos portugueses como um feito histórico à escala do descobrimento do Brasil (1500), foi distinguido com o doutoramento honoris causa pela Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto e pela Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa.

Vogal efetivo da Comissão de Cartografia desde 24 de junho de 1919, substituiu o almirante Ernesto de Vasconcelos na presidência daquela Comissão em 1925, permanecendo no cargo até 1936 (dois anos depois de passar à reserva). Nessa qualidade, assumiu a orientação, a partir da metrópole, dos trabalhos geodésicos que se realizavam em Cabo Verde, Moçambique, Angola e Timor. Em 1933 fez uma última viagem a África contactando com algumas missões da Comissão de Cartografia que se encontravam no terreno. Neste período direcionou a sua atenção para a história das viagens marítimas dos séculos XV e XVI, produzindo uma extensa bibliografia na qual analisou os métodos utilizados pelos navegadores portugueses e explicou como conseguiram realizar navegações de longa distância. O seu conhecimento prático da navegação à vela nos navios em que prestou serviço, associado às viagens que realizou para comparar os resultados obtidos pelos antigos métodos (observação com astrolábio semelhante aos usados pelos portugueses no século XV) com os resultados obtidos com instrumentos e técnicas modernas, levaram-no a concluir que os portugueses da época das descobertas já utilizavam os métodos mais adequados para fazer face aos ventos e às correntes contrárias, e que as viagens e as rotas de regresso eram planeadas e não fruto de tempestades e imprevistos. Entre os seus estudos avultam os dedicados ao regime de ventos e correntes no Atlântico Norte, que obrigava os navegadores portugueses a contornar pelo mar largo as correntes e ventos contrários, no regresso da costa ocidental africana, a chamada volta da Mina, a que Gago Coutinho também chamava “volta pelo largo”. 

A partir de 1922, Gago Coutinho passou a visitar regularmente o Brasil, onde mantinha amigos, a fim de apresentar comunicações e pesquisar nos arquivos. Aí se deslocou em 1925, para assistir à conferência de Einstein, no Clube de Engenharia do Rio de Janeiro. Desde 1923 que discutia os fundamentos da “nova mecânica” em correspondência privada com Francisco Oom, do Observatório Astronómico de Lisboa, pedindo-lhe esclarecimentos sobre aspectos da teoria da relatividade que não compreendia. A sua principal objeção prendia-se com a inaplicabilidade da relatividade ao mundo real. Viria a responder às correntes revolucionárias da física, que ameaçavam minar os fundamentos clássicos nos quais fora formado e a sua prática geodésica nos territórios coloniais, com uma posição muito conservadora plasmada em artigos na revista O Instituto (Coimbra, 1926) e em duas polémicas que manteve sobre o assunto com Manuel dos Reis e Ruy Luís Gomes nas páginas da Seara Nova, respetivamente em 1930-1931 e em 1937-1938. 

Olhando para as várias atividades em que se desdobrou o percurso profissional e científico de Gago Coutinho é perceptível a sua sucessão cronológica e a sua interligação. A condição de oficial da Armada é uma espécie de denominador comum da sua trajetória. A navegação, seja no mar ou no ar, a orientação em terra e o estudo da náutica podem ser vistas como facetas complementares. Importa, por outro lado, salientar que todas as áreas a que se dedicou se articulam direta ou indiretamente com o processo de ocupação efetiva e construção do chamado terceiro império colonial português, um projeto político e ideológico que, vindo da monarquia constitucional, atravessou a I República e o Estado Novo, e no qual os oficiais da Armada tiveram um papel destacado. 

A ditadura já tinha herdado da Primeira República o “herói” da aviação que, com Sacadura Cabral, retomara pelos ares a viagem de Pedro Álvares Cabral até ao Brasil em 1500. O facto de Gago Coutinho ter sido republicano na juventude e depois, desiludido com o rumo da República, se ter passado a afirmar um adepto da monarquia constitucional, não constituía qualquer óbice pois o nacionalismo imperial, baseado na exaltação da gesta dos descobrimentos portugueses e de uma suposta missão histórica de colonizar e civilizar os territórios e povos “descobertos”, é comum aos três regimes. Daí que o Governo de Salazar lhe tenha concedido a grã-cruz da ordem do Império em 1944, pela mão do ministro das Colónias Marcelo Caetano; e, por recomendação da Assembleia Nacional, o tenha distinguido promovendo-o ao posto de almirante em 1958. A moção foi apresentada pelo deputado Manuel Maria Sarmento Rodrigues, oficial da Armada, que fora ministro das Colónias/do Ultramar (1950-1955) e era amigo pessoal de Gago Coutinho e, como ele, da maçonaria. 

Nas homeagens e biografias, Gago Coutinho aparece invariavelmente como “herói”. Parte da explicação encontra-se na auto-imagem que projetou em vida, em comunicações e publicações, sobretudo na “composição” da sua persona de “geógrafo de campo”, a qual se alicerça numa retórica do rigor científico, da dedicação ao trabalho e à pátria, do sacrifício pessoal e do desinteresse material. Porém, a persistência dessa dimensão heróica é indissociável do impacto que a travessia aérea do Atlântico Sul teve no imaginário coletivo coevo, enquanto momento galvanizador do orgulho nacional num contexto político e social conturbado, e das suas reconfigurações na memória pública até aos nossos dias.

Cláudia Castelo

Arquivos

Lisboa, Arquivo Histórico Ultramarino, Álbuns fotográficos da Comissão de delimitação da fronteira do Sudeste de Angola, da Missão Geodésica da África Oriental e da Missão Geodésica de São Tomé e Príncipe. Disponível em: http://actd.iict.pt/collection/actd:AHUC142; http://actd.iict.pt/collection/actd:AHUC143; http://actd.iict.pt/collection/actd:AHUC1115

Lisboa, Arquivo do Observatório Astronómico de Lisboa, Correspondência de Gago Coutinho com Francisco Oom e Manuel Peres.

Lisboa, Sociedade de Geografia de Lisboa, Espólio de Gago Coutinho.

Obras 

Mota, Avelino Teixeira da (org.). Obras Completas de Gago Coutinho. Obras Técnicas, Científicas e Históricas (Lisboa: Junta de Investigações Científicas do Ultramar, 1972-1975), 2 vols.

Bibliografia sobre o biografado

Correia, Pinheiro. Gago Coutinho, Percursor da Navegação Aérea. Porto: Portucalense Editora, 1969.

Edmar, Morel. Gago Coutinho e a sua vida aventurosa. Rio de Janeiro: A. Coelho Branco, 1941.

Mota, Elsa, Paulo Crawford, e Ana Simões, “Einstein in Portugal. Eddington’s 1919 expedition to Principe and the reactions of Portuguese astronomers (1917-1925)”, British Journal for the History of Science, 42 (2) (2009), 245-73.

Pinto, Rui Costa. Gago Coutinho: O último Grande Aventureiro Português. Lisboa: Eranos, 2014.

Rua, Fernando B. S. “Gago Coutinho e a Teoria da Relatividade: dados de uma controvérsia (1926-1939)”, Delfim Santos Studies, 2 (2014), 48-66. Disponível em: http://delfimsantos.com/