Bocage, Carlos Roma du

Lisboa, 28 de setembro 1853 — 19 de março 1918

Palavras-chave: engenheiro, oficial do Exército, diplomata, caminhos-de-ferro.

DOI: https://doi.org/10.58277/VERH5722

Nasceu em Lisboa, na freguesia de Nossa Senhora da Conceição. Filho de José Vicente Barbosa du Bocage (Deputado e Par do Reino) e de D. Teresa Roma du Bocage. Seu pai nasceu no Funchal em 1823 e foi bacharel em Medicina por Coimbra em 1846, dedicando-se posteriormente à Zoologia e à política. Seu avô paterno, João José Barbosa du Bocage, era primo do poeta Manuel Maria. Devido às suas ideias liberais, esta família emigrou para o Brasil em 1830, voltando a Portugal em 1834.

Carlos Roma du Bocage foi um aluno acima da média e, como tal, obteve o 1º prémio pecuniário na 9ª cadeira da Escola Politécnica no ano letivo de 1870–1871. Com 18 anos assentou praça como voluntário no Regimento de Artilharia nº 1, com a arma de Engenharia. Após o curso preparatório para Engenheiro Militar na Escola Politécnica, matriculou-se na Escola do Exército em 25 de outubro de 1872, concluindo o curso três anos depois.

Realizou o seu primeiro trabalho como engenheiro na Comissão de Defesa de Lisboa e do seu porto. Os estudos que fez nesta comissão foram apresentados na Academia Real das Ciências, valendo-lhe uma medalha de prata e a eleição para sócio correspondente desta instituição. Em 1878, com o posto de Capitão, iniciou a atividade diplomática ao ser nomeado para fazer parte da Comissão de oficiais portugueses que assistiram às grandes manobras militares em França no Outono. Em 10 de abril de 1880 foi nomeado vogal da Comissão encarregada de examinar no terreno, sob o ponto de vista militar, os projetos e mais estudos para o caminho-de-ferro de Lisboa a Pombal. A partir de 10 de janeiro de 1881 pertenceu à Comissão Consultiva de Defesa do Reino e em 7 de setembro de 1881 foi o secretário da mesma.

Em 1883 foi secretário de seu pai, o Ministro da Marinha e do Ultramar do governo de Fontes Pereira de Melo. Foi nomeado membro da Comissão Cartográfica junto do Ministério da Marinha em 19 de abril de 1883 e uma semana mais tarde foi nomeado Segundo Secretário da Legação de Portugal na Corte de Berlim. Em setembro foi exonerado desse cargo e nomeado Adido Militar na Legação da dita corte. No final desse mesmo ano pertenceu à Comissão dependente do Ministério dos Negócios Estrangeiros e em 1884 pertenceu à Comissão de reorganização do exército e participou na Conferência de Berlim, na qual reocupou o seu lugar de Segundo Secretário da Legação de Portugal. 

Foi eleito deputado pelo Partido Regenerador em 1884 (círculo de Portalegre), 1890, 1892 e 1894 (círculo de Aveiro). Em todas as legislaturas encontrou-se na bancada que ocupava o poder. Apesar da 1ª legislatura ter tido início em dezembro de 1884, Carlos Roma du Bocage apenas prestou juramento em 7 de março de 1885. Pertenceu às Comissões da Guerra, dos Negocios Estrangeiros e à Comissão para tratar dos Negócios Coloniais. Foi sobretudo entre maio e julho que a sua atividade parlamentar aumentou: além da assinatura junto com outros deputados de um número reduzido de projetos de lei relacionados com assuntos militares, fez longos discursos incluídos na discussão do projeto do Tratado do Zaire, a ser discutido em Paris no final desse ano. Nestes explicou e defendeu a posição de Portugal na Conferência de Berlim e as fases que levaram a esta conferência. Falou sobretudo sobre as negociações com a Inglaterra e defendeu a posição de firmeza tomada por Portugal contra as pretensões daquela potência. Num discurso em particular, proferido no dia 10 de junho de 1885, Carlos Roma du Bocage falou sobre a necessidade de Portugal expandir o comércio na África e tomou posição contra a aliança com a Alemanha. Defendeu também a administração colonial portuguesa, afirmando que o regime português era melhor que o que a Inglaterra tinha na Índia.

Em 2 de outubro de 1885 foi nomeado Segundo Plenipotenciário de Sua Magestade (com plenos poderes) na conferência que se reuniu em Paris para discutir a questão do Território do Zaire. Ainda nesta legislatura, no ano de 1886, foi eleito para as Comissões de Instrução Superior e Especial e do Ultramar. 

Entre 1887 e 1890, durante o governo progressista de José Luciano de Castro, Carlos Roma du Bocage interrompeu a sua carreira política para ocupar o cargo de Adido Militar na Corte de Madrid, para o qual foi nomeado em 3 de fevereiro de 1887. Em 13 de fevereiro de 1890 foi promovido a Major. 

A sua segunda legislatura começou em 19 de abril de 1890 e foi imediatamente eleito para as Comissões de Guerra e de Negócios do Ultramar, sem se ter sequer apresentado no parlamento. Para ocupar o seu lugar de deputado pediu a exoneração do posto de Adido Militar em Madrid em 17 de maio de 1890, prestando juramento dois dias depois. No mês seguinte as suas intervenções parlamentares situaram-se no âmbito das Comissões a que pertencia, sobretudo no que diz respeito à discussão da parte do orçamento necessário para a defesa do território nacional. 

No final desse ano, o novo governo presidido por João Crisóstomo de Abreu e Sousa, incluiu o seu pai, José Vicente Barbosa du Bocage, como Ministro dos Negócios Estrangeiros. Em 30 de dezembro de 1890 foi de novo nomeado Plenipotenciário de Sua Magestade em Paris para as questões entre Portugal e o Estado Independente do Congo. Esta legislatura durou até 1892 e Carlos du Bocage pertenceu ainda às Comissões de Negócios Externos e Internacionais e de Guerra, tal como na legislatura seguinte, que durou apenas um ano.

Foi promovido a Tenente-Coronel por decreto de 30 de dezembro de 1893. Na sua última legislatura como deputado (1894) pertenceu às seguintes comissões: Guerra, Negócios Estrangeiros e Internacionais, Obras Públicas, Instrução Pública Superior e Especial, Instrução Superior e Especial, Comércio e Artes. Em 1897, estando em Paris no gozo de licença, recebeu ordem para assistir ao funeral do Presidente da República Francesa, Félix Faure. 

Foi comandante da Escola Prática de Engenharia, com o posto de Coronel, entre 1906 e 1908.

Foi nomeado Par do Reino por direito hereditário em 1909, tomando posse no início da legislatura em 2 de março de 1909. No seu primeiro discurso, em 30 de março de 1909, declarou-se afastado do Partido Regenerador desde que “dilectos amigos meus me fizeram enveredar num caminho com o qual eu não concordava”. Disse ainda que saira da Câmara dos Deputados em 1894 “por não querer acompanhar o partido a que pertencia numa política de que divergia (…) não tenho obrigações partidárias. Sou liberal”. Neste discurso manifestou-se contra qualquer tentativa revolucionária de impôr a República e afirmou apoiar quaisquer governantes “que me dêem garantias de ser sinceramente monárquicos e fiéis respeitadores da lei”. 

Ainda nesse ano teve uma breve passagem pelo governo de Venceslau de Lima, como Ministro dos Negócios Estrangeiros (entre 14 de maio e 22 de dezembro de 1909). Com a implantação da República, apresentou requerimento para passar à reserva e foi julgado incapaz do serviço ativo por uma junta hospitalar de inspeção. Esta sua opção vem no seguimento da posição claramente monárquica assumida no discurso citado. Terminou a carreira militar no cargo de General de Divisão Graduado do Quadro de Reserva, em 25 de outubro de 1910. Faleceu solteiro.

As suas obras incidem sobre História e Geografia e sobre assuntos militares.

Entre as condecorações e louvores que recebeu ao longo da sua carreira militar, diplomática e política destacam-se:Cavaleiro da Ordem da Legião de Honra e da Cruz de 2ª Classe de Mérito Naval de Espanha em 29 de março de 1879; Cavaleiro da Ordem de Santiago de Mérito Científico e Literário e Artístico em 7 de julho de 1883; Comendador da Ordem de Santiago em 10 de setembro de 1902; Medalha Militar de Prata da Classe de Comportamento Exemplar em 12 de abril de 1887; Cavaleiro da Ordem Militar de S. Bento de Avis em 4 de fevereiro de 1892 e Comendador da mesma ordem em 21 de março de 1894; Grande Oficial da Real Ordem da S. Bento de Avis em 28 de setembro de 1904; várias medalhas militares por bons serviços prestados.

Maria Antónia Pires de Almeida
CIES, ISCTE-Instituto Universitário de Lisboa

Obras

A Reforma do Exército. Lisboa: Typ. da Acad. Real das Sciencias, 1883.

Origem do Condado de Portugal: memoria apresentada à Academia Real das Sciencias de Lisboa, com Nicolas de Goyri. Lisboa: Typ. da Academia Real das Sciencias, 1887).

Exposição ácerca das negociações relativas ao caminho de ferro da Beira. Lisboa: Typ. de Comp. Nac. Editora, 1900.

Baterias móveis: sua influência na fortificação. Lisboa: Typ. do Commércio, 1904.

Exposição de cartographia nacional 1903-1904: catálogo (colab.) dir. Ernesto de Vasconcellos. Lisboa: A Liberal, 1906.

A defeza maritima de Porto Arthur. Lisboa: Typ. Universal, 1906. 

Marrocos. Lisboa: Typ. Universal, 1906.

O desembarque do Duque d’Alba em 1580. Lisboa: Typ. do Commercio, 1910.

Étude préliminaire sur la prise de Ceuta par les portugais. Lisboa: Typ. Cooperativa Militar, 1912.

Subsídios para o estudo das Relações Exteriores de Portugal em seguida à Restauração Lisboa: Acad. das Sciencias de Lisboa, 1915).

Bibliografia sobre o biografado

Almeida, Maria Antónia Pires. “Bocage, Carlos Roma du (1853-1918).” In Dicionário Biográfico Parlamentar 1834-1910, ed. Maria Filomena Mónica, vol. I: 393–395. Lisboa: Imprensa de Ciências Sociais – Assembleia da República, 2004.

Portugal, Bento de Moura

Moimenta da Serra, Gouveia, 21 março 1702 — Lisboa, 27 Janeiro 1776

Palavras-chave: Bento de Moura Portugal, Royal Society, Inquisição, Marquês de Pombal.

DOI: https://doi.org/10.58277/LWRF4720

Físico e engenheiro português, Bento de Moura Portugal notabilizou-se como engenheiro na criação de máquinas e promoção de obras públicas, após ter adquirido experiência em vários países europeus. Descendente do lado do pai de Cristóvão de Moura Portugal, primeiro marquês de Castelo Rodrigo, consta que efetuou estudos no colégio jesuíta de Gouveia, mas esta escola só foi fundada em 1723, quando Moura Portugal já tinha 21 anos. Certo é que Moura Portugal se formou em Direito na Universidade de Coimbra em 11 de maio de 1731 (deve ter interrompido estudos, pois se tinha matriculado no 1.º ano em 1 de outubro de 1720). Em contraste com a sua formação de base jurídica, Moura Portugal foi um engenheiro e gestor, que trabalhou em diversas obras públicas de mecânica e hidráulica. Pode ser considerado um dos “estrangeirados” do século das Luzes, por ter passado um período da sua vida fora do país e dessa experiência ter trazido ensinamentos para a sua terra natal. Tornou-se Cavaleiro da Ordem de Cristo, em 12 de agosto de 1744, e Cavaleiro da Casa Real, por alvará régio de 24 de março de 1750 (D. João V, que assim o distinguiu, faleceria pouco depois).

Moura Portugal começou por exercer atividades de advocacia, para as quais se tinha preparado. Contudo, a fim de desenvolver as suas invulgares competências técnicas em assuntos mecânicos, foi enviado em 1736 por D. João V numa viagem de formação ao estrangeiro, para a qual lhe atribuiu o que chamaríamos hoje uma bolsa de estudo. Viajou pela Europa durante quatro anos, observando diversas obras públicas, designadamente na Inglaterra (onde aprendeu a filosofia newtoniana), na Hungria (onde ensaiou um invento náutico, que consiste na aplicação de remos a navios de grande porte), na Áustria, na Alemanha (onde inventou uma máquina pneumática), na França, em Espanha e, provavelmente, também na Holanda. Um ministro português escreveu assim ao embaixador em Londres recomendando a pessoa enviada: “passa a essa Corte para aprender algumas sciencias, e particularm.te a profissão de Enginheiro mellitar para a qual tem especial propensão, e capacidade”. Foi admitido como sócio da Real Sociedade de Londres em 5 de Fevereiro de 1741 e viu publicado nas Philosophical Transactions dessa sociedade em 1751 um artigo que apresentava o novo modelo de máquina a vapor (“máquina de fogo”) que tinha demonstrado na praia de Belém, Lisboa, em 1742 perante o rei D. João V e a família real. Tratava-se de um melhoramento da máquina de vapor do inventor inglês Thomas Savery (c. 1650–1715). A nova máquina era capaz de funcionar autonomamente, segundo um progresso que foi muito apreciado pelo engenheiro inglês John Smeaton (1724–1792), um dos pioneiros da locomotiva, que apresentou a comunicação nas Transactions.

Regressado a Portugal em 1740, foi mentor de diversas obras hidráulicas, para benefício da agricultura, designadamente projetos de um dique no rio Tejo em Vila Velha de Ródão para evitar as inundações dos terrenos agrícolas limítrofes e de diques semelhantes no rio Mondego; uma roda hidráulica para secar terras alagadas no paúl de Fôja, em Coimbra; drenagem dos paúis de Vila Nova de Magos, do Juncal e de Tresoito, no Ribatejo; etc. Desempenhou o cargo de “superintendente e Conservador das fabricas reais da fundiçam da artelharia da Comarca de Thomar” (as chamadas “ferrarias”, em Figueiró dos Vinhos, onde se construíam não só armas como alfaias agrícolas). 

Apesar da notoriedade das suas obras, enfrentou adversidades e conheceu finalmente uma sorte trágica. Em 1743 viu-se acusado pela Inquisição, por alegadamente duvidar da existência de milagres (escreveu o frade franciscano que o denunciou: “o tal sojeito por ser bastante subtil, e ao mesmo tempo muito amante da sua opinião, causará damno e prejuízo ás almas, continuando semelhantes disputas”). Foi por isso interrogado pelo Santo Ofício em 1746. Um inquisidor escreveu: “Que todas as questões e duvidas que altercava nas suas praticas e conversas sobre lugares da Sagrada Escriptura o dito Bento de Moura Portugal eraõ nascidas de ter andado e assistido nos reynos estrangeyros como Inglaterra e Olanda onde reyna a heresia calviniana e lutherana”. Em 1748, Moura Portugal entregou uma carta de retractação, prometendo não mais se meter em matérias “alheias da sua profissaõ”. Os inquisidores, embora não convencidos, arquivaram o processo.

Depois de ter trabalhado na construção de uma ponte de barcas no Porto, de ter voltado a problemas de irrigação do Tejo e de ter voltado à ideia da navegação auxiliada por  remos agora não no Danúbio mas no Tejo, ter lidado com problemas do paúl da Ota e de ter estudado novos processos de aplicação de impostos, nomeadamente o “quinto” do ouro do Brasil (consta que terá viajado até ao Brasil, mas provavelmente tal nunca ocorreu), viu-se envolvido, num período marcado por intensas perseguições político-religiosas ordenadas pelo Marquês de Pombal (paradoxalmente, também ele membro da Sociedade Real de Londres, para onde entrou em 15 de maio de 1740, pouco antes de Moura Portugal), no processo político dos Távoras ao ser acusado, por denúncia anónima, de conspirar contra o governo. Foi encarcerado na prisão do forte da Junqueira em Lisboa, em 9 de Julho de 1760, interrogado duas vezes e deixado sem culpa formada na prisão, de onde nunca mais saiu. A sua estada na prisão ao longo de seis anos levou-o à demência e a uma tentativa falhada de suicídio, pouco antes de morrer. Foi sepultado no próprio forte da Junqueira.

Vários dos seus contemporâneos o elogiaram, tanto no estrangeiro como em Portugal. O físico alemão Herman Osterrieder (1719–1783) declarou com algum exagero que “depois do grande Newton em Inglaterra, só Bento de Moura em Portugal”. O oratoriano Teodoro de Almeida (1722–1804) elogiou a sua teoria das marés, procurando reabilitar um cientista caído em desgraça. Em conjunto com uma crítica ao comportamento despótico do Marquês de Pombal, Almeida incluiu, no terceiro volume da sua obra Cartas físico-mathemáticas, uma carta com o título Sobre huma máquina para provar a causa das marés, segundo a doutrina do grande Bento de Moura Portugal. Num gesto que pode ser considerado de homenagem, a Imprensa da Universidade de Coimbra deu à estampa em 1821 um livro que resultou dos 28 cadernos de manuscritos sobre obras públicas escritos no cárcere em condições dramáticas, com papel pardo, um pauzinho ou ossinho e o fumo da candeia e resgatados postumamente por um amigo do autor: Inventos e Vários Planos de Melhoramento para Este Reino… Note-se a data da publicação: 55 anos após a morte, numa altura em que a maior parte desses “melhoramentos” já não faziam sentido. Uma carta de Moura Portugal contida nesse livro enumera uma lista de 18 dos seus inventos, onde destaca “um artefacto por modo de Navio para conduzir madeira do Pinhal de Leiria, ou de outra qualquer parte do Reino, para Lisboa”. Num jardim em Moimenta da Serra existe uma estátua que homenageia Moura Portugal.

Carlos Fiolhais
Centro de Física da Universidade de Coimbra

Arquivos

Lisboa, Biblioteca Nacional de Portugal, [Memória de Bento de Moura Portugal dirigida a uma sociedade científica]. 1750. MSS. 21, n.º 66.

Lisboa, Biblioteca Nacional de Portugal, Novos Inventos Por Bento de Moura Portugal extrahidos das margens de hum Livro intitulado Nouvelles decouvertes sur la Guerre aonde o Auctor entre outros escreveu os três projectos q[ue] contem este traslado. 1776. MSS. 60, n.º 1.

Lisboa, Biblioteca Nacional de Portugal, Modo de affructar os paues e terra alagadiças : Providencias para conter, e diminuir as cheyas dos Rios Mondego e Tejo / Obra posthuma que para benificio comum, e utilidade da Real Corôa, e do Reino, estando prezo nos Carceres do Forte da Junqueira, onde faleceo, a 27 de Janeiro de 1766 compos e trabalhou Bento de Moura Portugal Cavalleiro Professo na Ordem de Christo, Fidalgo da Casa de Sua Magestade Fidelissima, Socio da Academia Real das Sciencias de Londres, e Superintendente das Reaes Ferrarias da Comarca de Tomar. 1801.COD. 10751.

Nova Iorque, Metropolitan Museum of New York, Dialogo sobre hua nova obra no Rio Tejo … 1776 (?). GB1321.M68 1766.

Obras

Portugal, Bento de Moura. Inventos e Vários Planos de Melhoramento para Este Reino. : escriptos nas prisões da Junqueira por Bento de Moura Portugal. Coimbra: na Imprensa da Universidade, 1765 (?).

Bibliografia sobre o biografado:

AlmeidaTeodoro de. Cartas físico-mathemáticas de Theodosio a Eugenio: para servir de complemento á Recreaçaõ Filosophica, Lisboa: Tipografia Régia, 3 tomos, 1784–[1798].

Amaral, Abílio Mendes do. Bento de Moura Portugal na Lisboa da século XVIII. Lisboa: [s.n.], 1973.

Baião, António. Episódios Dramáticos da Inquisição em Portugal, 3ª ed. Vol. II: 41–52. Lisboa: Seara Nova, 1973.

Bento de Moura Portugal – O homem, o cientista e a obra na história do seu tempo e na perenidade do seu génio. Gouveia, Câmara Municipal de Gouveia, 1973.

Carvalho, Rómulo de. Bento de Moura Portugal, Homem de Ciência do Século XVIII, Memórias da Academia de Ciências de Lisboa, XXXIII (1993–1994): 153–224. [Reimpresso em Actividades Científicas em Portugal no Século XVIII, pp. 323–429. Évora, Universidade de Évora, 1996].

Carvalho, Rómulo de. “Portugal nas ‘Philosophical Transactions’ nos Séculos XVII e XVIII”, Revista Filosófica 11 (1956): pp. [Reimpresso em Colectâneea de Estudos Históricos (1953-1994), pp. 9–68. Évora: Universidade de Évora, 1997].

Pinto, Donzília Alves Ferreira Pires da Cruz. “Vida e obra de Bento de Moura Portugal.” Dissertação de mestrado, Universidade Nova de Lisboa, 1993.

Fiolhais, Carlos, ed., Membros Portugueses da Royal Society / Portuguese Fellows  of the Royal Society. CoimbbaUniversidade de Coimbra, 2011. [NB: Ver lista de sócios].

Machado, Alberto Teles de Utra. Bento de Moura Portugal: memória. Lisboa: Typographia da Academia Real das Ciências, 1890.

Smeaton, John. “An engine for raising Water by Fire, being an Improvement of Savery’s Construction, to render it capable of working itself, invented by Mr. De Moura of Portugal, F.R.S.” Philosophical Transactions 47 (1751–1752): 436–439. [NB: contém gravura em folha desdobrável].